Centro-Oeste - tendência para o inverno 2016

19/06/2016 às 17:40
por Josélia Pegorim

Atualizado 19/06/2016 às 17:44

Oferecimento
El Niño não terá mais influência

A maioria das áreas de Região Centro-Oeste teve um outono com menos chuva do que a média histórica. A exceção foi o Mato Grosso do Sul que teve chuva muito acima do normal em maio, o que causou prejuízos para a agricultura e infraestrutura de transporte no estado.

Em relação à temperatura, o mês de abril foi extremamente quente, como em praticamente todo o país, e o calor bateu recordes históricos na Região. Mas no fim de abril e durante o mês de maio, a passagem de fortes massas polares causou frio intenso em Mato Grosso do Sul, no oeste e sul de Mato Grosso e no extremo sul de Goiás, fazendo com que estas áreas tivessem tardes mais frias do que e média. O frio intenso da primeira quinzena de junho em Mato Grosso do Sul provocou geada em algumas áreas do sul do estado.

Dias ensolarados e secos, com níveis de umidade do ar à tarde entre 20% e 30% são muito comuns em todo o Centro-Oeste durante o inverno. É época de estiagem e, em anos normais, só grandes frentes frias conseguem provocar alguma chuva, mas que ocorre especialmente em áreas de Mato Grosso do Sul.

De forma geral, o inverno no Centro-Oeste é marcado por tardes quentes, em geral com temperaturas um pouco acima dos 30°C. Mas a pouca nebulosidade durante e a noites, e a eventual passagem de massas polares, deixam a temperatura baixa na madrugada. Ondas de frio forte são comuns nesta estação ocasionando geada em Mato Grosso do Sul e dias bastante frios principalmente no centro-oeste e sul de Mato Grosso e no sul de Goiás.

O inverno de 2016 deve transcorrer sem influência do El Niño, que ainda interferiu na chuva e a temperatura do outono, mesmo enfraquecido. Também não devemos ter a influência da La Niña, mas que deve se organizar durante a primavera.

O que esperar da chuva e da temperatura no Centro-Oeste no inverno de 2016? Confira a análise do meteorologista Alexandre Nascimento.