Nevoeiro ainda pode ser problema no fim de semana

30/06/2016 às 21:19
por Josélia Pegorim

Atualizado 01/07/2016 às 10:52

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Entenda as causas do fenômeno

O nevoeiro e a névoa forte voltaram a prejudicar a navegação aérea e marítima no Brasil na madrugada e começo da manhã desta sexta-feira. Nos aeroportos internacionais de São Paulo e do Rio De Janeiro não houve a formação do nevoeiro, mas uma névoa forte. Em Guarulhos (São Paulo), no pior momento a visibilidade horizontal ficou reduzida para 1500 metros. No internacional Tom Jobim (Rio de Janeiro) a visibilidade ficou restrita a 2000 metros entre 7h40 e 10 horas, quando passou para 2500 metros.

Em Porto Alegre, houve a formação de um denso nevoeiro já no fim da noite da quinta-feira, 30 de junho. A visibilidade no aeroporto Salgado Filho ficou reduzida para menos de 1000 metros a partir das 23h33 da quinta-feira e às 10 horas da manhã desta quinta-feira, a visibilidade ainda estava reduzida para 400 metros.

 

Entenda a diferença entre névoa úmida e nevoeiro

 

Risco de nevoeiro no fim de semana

As condições meteorológicas que favorecem a formação de nevoeiro em diversas regiões do interior e do litoral do Sul e do Sudeste do Brasil ainda devem ser observadas no fim de semana. A navegação aérea e marítima podem ser prejudicadas.

O nevoeiro pode prejudicar a operação da ponte aérea Rio-São Paulo, o tráfego nas rodovias Anchieta-Imigrantes que fazem a ligação entre Santos e São Paulo, o tráfego na ponte Rio-Niterói e das barcas na baía da Guanabara, além da visibilidade nas estradas e aeroportos em geral do Sul e do Sudeste. Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre podem ter nevoeiro no fim de semana

No interior, o resfriamento noturno é acentuado pela subsidência do ar, por causa da forte atuação de uma sistema de alta pressão sobre o Brasil. Mesmo com a diminuição do frio, com o afastamento do ar polar intenso, muitas áreas do Sul e do Sudeste ainda terão pouca nebulosidade durante a a noite, o que facilita o resfriamento do ar.

Nas áreas litorâneas entre o Rio Grande do Sul e a região de Santos, no litoral paulista, o contraste de temperatura entre a água do mar e a camada de ar sobre as áreas costeiras também favorece a formação do fenômeno. Neste caso, a água do mar está mais fria do que o ar. O nevoeiro marítimo pode se formar em qualquer lugar do oceano.

 

 Nevoeiro em Itapema, no litoral de Santa Catarina

 

 

 

O mapa mostra a anomalia (diferença em relação à média) da temperatura da água do mar. Os de azul que predominam nas áreas costeiras desde a Argentina até parte do litoral da Região Sudeste do Brasil indicam que a água do mar está mais fria do que o normal. O resfriamento da água do ar está associado com a grande quantidade de ar polar que tem passado  sobre o Atlântico Sul desde o fim de abril.

 

 

Saiba o que é a inversão térmica

 

 

Outro fator que deve favorece o nevoeiro é a inversão térmica de baixa altitude. Este fenômeno é mais comum quando temos a presença de muita subsidência do ar, que é a situação meteorológica que predomina no Brasil.

No Rio de Janeiro, a inversão térmica foi o principal fator para a formação do nevoeiro na quinta-feira. Esta situação pode se repetir no fim de semana.

 

Confira como se forma o nevoeiro.

 

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