Cultivo de frutas em Itapetininga (SP) é prejudicado por falta de chuvas

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O tempo seco afetou a produção de frutas tropicais em Itapetininga, no interior de São Paulo. Mesmo já sendo esperada, a baixa pluviosidade do inverno causou danos às plantações locais, prejuízos aos produtores e uma consequente alta nos preços. Dados da estação mais próxima do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET – localizada na cidade de São Miguel Arcanjo, mostram que a primeira chuva ocorreu entre os dias 17 e 18 de Agosto e acumulou 12 milímetros.

 

Na primeira quinzena praticamente não houve registro de precipitação. “Agosto é considerado o mês mais seco do ano e a média é de apenas 44 milímetros para o mês. É normal chover muito pouco, nesta época do ano”, explica Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo.

 

Com o fim do inverno se aproximando, a situação deve melhorar para os agricultores do interior de São Paulo, principalmente à partir de Outubro. “ O fenômeno La Niña deve trazer as chuvas de volta e há possibilidade de volumes acima da média”, diz Pegorim.

 

O engenheiro agrônomo do Núcleo de Produção de Sementes de Itapetininga, Nelson Meira, conta que, além da seca, as geadas também influenciaram no problema. Segundo o especialista, as frutas mais afetadas foram a banana e a atemoia. “Ainda não levantamos os dados, mas já percebemos o prejuízo. Nas áreas mais baixas, a perda foi mais significativa, com casos de danos em áreas totais”, afirma.

 

 

Meira explica que o clima típico do inverno  não é benéfico para as culturas, que precisam de temperaturas mais altas e nada de geadas. “A banana, por exemplo, necessita de sol o ano todo. A folha é muito rica em água e, se estiver em falta, é preciso realizar a irrigação”, diz.

 

Em meados de junho e julho uma forte massa polar derrubou a temperatura na região de Itapetininga e houve registro de geadas. Para os próximos dias, uma grande e forte frente fria promete mais chuva, mais vento e uma intensa massa de ar frio, de origem polar, que vai fazer o estado de São Paulo voltar a sentir o frio de inverno, finaliza Josélia Pegorim.