Sustentabilidade no Salão do Automóvel 2016

11/11/2016 às 15:48
por Josélia Pegorim

Atualizado 11/11/2016 às 16:20

Oferecimento
Conceito já está embutido nos novos carros

Por Maira Di Giamo 


Respirar bem nas grandes metrópoles está cada vez mais difícil. Pensando nisso, as montadoras vieram para o Salão do Automóvel deste ano com novas tecnologias na área da sustentabilidade.


“Tem muito essa discussão do Clima, de poluição. Então esse é um carro totalmente elétrico. Não faz barulho, não emite gases como CO2. Ele é totalmente elétrico, tem baterias elétricas e você carrega ele na tomada”, explica Alexandre Carvalho, assessor de imprensa da Nissan.

Porém, carro elétrico não é sinônimo de proteção ambiental. Tudo depende da fonte energética utilizada para a recarga. Na China, por exemplo, a maior parte da energia é adquirida por meio da queima de carvão. Portanto, a poluição gerada não será muito diferente da de um motor convencional. Mas se a fonte principal são usinas hidroelétricas, como no Brasil, o impacto poderá ser menor.

Além dos carros elétricos as montadoras trouxeram outras novidades que contribuem com o meio ambiente, como o H-tron, que é movido a hidrogênio. Lothar Werninghaus, consultor técnico da Audi do Brasil esclarece: “O carro movido a hidrogênio, se a gente olhar ele pela base, ele é absolutamente zero de emissões, então o meio ambiente absolutamente não é agredido. Desde que, quando eu separo os elementos, eu use energia renovável ou capturada de vento e sol”.

Na região do ABC paulista já transitam alguns ônibus experimentais movidos a hidrogênio. Mas para que o uso dessas tecnologias mais sustentáveis seja efetivo no país, algumas medidas precisam ser tomadas.

Para Carvalho, “Os países de primeiro mundo já perceberam essa necessidade. Então os governos dão incentivos, porque como toda a tecnologia é cara no começo, o carro elétrico ainda precisa de um incentivo governamental para o consumidor final comprar. E falta a infraestrutura necessária para recarregar o carro e dar segurança ao comprador”.

“Do mesmo jeito que aconteceu com o álcool no Brasil na época da introdução do sistema de abastecimento, não existem ainda lugares para abastecer um carro movido a hidrogênio em grande número. Então, quando o sistema realmente for lançado a público e for possível produzi-lo em série, vamos precisar de sistemas de distribuição e abastecimento”, complementa Werninghaus.

Para algumas montadoras, o carro movido a hidrogênio será uma realidade no Brasil a partir de 2050.