Um produto que sabemos produzir como poucos

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O Brasil importa mais da metade do óleo de palma do que consumimos…

O nosso agronegócio é campeão em várias culturas, mas por ausência de um planejamento agro nacional temos carência em diversas áreas, somos importadores no que não precisaríamos ser.

O trigo, imensamente dependente das importações, o cacau, a borracha, pescados, o feijão preto, e o óleo de palma, o nosso dendê.

Estou no Pará, na região da Amazônia, visitando uma área de cultivo da Palma. E é impressionante ver o avanço que a atividade de produção do dendê apresenta hoje no mundo, e em grande parte aqui dentro do Brasil.

Em Belém, conversando com a Abrapalma – Associação Brasileira da Palma e indo ver in loco, ao vivo, a cidade de Tailândia, na fazenda Agropalma, percebemos que na propriedade tem tecnologia, pesquisa de híbridos, estudo de mecanização, integração com centenas de pequenos produtores familiares e muita responsabilidade social. Tem escola, laboratório e posto médico de alto nível, salas de informática para as crianças da comunidade e prêmios, muitos prêmios de Ongs para as práticas da Palma brasileira… 

Concluo que precisamos duplicar a área e a produção do dendê no Brasil para a autossuficiência, especialmente nos padrões de produção da Agropalma. Mais uma vez nos deparamos com um exemplo da necessidade de plano e de coordenação de cadeias no agro brasileiro. O dendê do tabuleiro da baiana, que está nos melhores chocolates, cosméticos, massas e biscoitos… Um dos melhores óleos do mundo. Um produto que sabemos fazer como poucos, mas mesmo assim importamos mais da metade do que consumimos.

Palmas pra quem produz a ótima Palma nacional, o dendê, este que importado não deveria ser…

José Luiz Tejon

Sócio Diretor da Biomarketing