Conheça o perigo de usar óculos de sol falsificados

22/02/2016 às 14:59
por Redação

Atualizado 21/12/2016 às 14:46

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A alta incidência de radição UV nos olhos pode trazer graves problemas

Utilizar produtos falsificados pode trazer problemas que vão desde catarata e degeneração macular, até ceratite e pterígio


Se por um lado o verão é a estação em que todo mundo quer curtir e aproveitar, por outro é o período do ano que mais pede atenção com o corpo. Com a incidência de radiação ultravioleta mais alta, em decorrência dos dias de sol forte, uma das partes que mais pedem proteção são os olhos. Nesse caso, nada mais comum do que recorrer aos famosos óculos de sol. Considerados acessórios indispensáveis, muitos consumidores acabam optando por modelos mais baratos, com fabricação duvidosa.  


O oftalmologista Minoru Fujii, do Hospital Cema, de São Paulo, explica o que acontece em nossos olhos quando estamos expostos ao sol com lentes inadequadas. “É natural que, no escuro, a nossa pupila se dilate um pouco mais para captar uma maior quantidade de luz. Como esses acessórios não possuem lentes de proteção contra o recebimento desses raios ultravioletas, a pessoa acaba ficando exposta e corre o risco de ter os olhos danificados”, diz. 

 

De acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica) e pelo Instituto Meirelles de Proteção à Propriedade Intelectual (Imeppi), com dados de órgãos oficiais como Receita Federal e Polícias Estaduais e Federais, entre 2006 e 2014 foram apreendidos aproximadamente 90 milhões de óculos ilegais no país. Dados mais recentes mostram que, somente em 2015, foram retirados de circulação mais de 8,7 milhões de unidades. “Para reconhecer um exemplar falsificado e de baixa qualidade deve-se verificar a textura dos materiais, a montagem dos acessórios e, principalmente, a qualidade das lentes”, explica o presidente da Abióptica, Bento Alcoforado.

O uso constante desses acessórios pode levar a graves problemas de saúde. “Em longo prazo, alguns usuários podem apresentar doenças que vão desde catarata e degeneração macular, até ceratite e pterígio, que pode levar a cegueira”, explica o oftalmologista André Pamplona, do Hospital Bandeirantes, de São Paulo.

Para evitar esses tipos de problemas, o especialista tem duas dicas muito importantes. “É melhor deixar o acessório falsificado de lado, pois quanto mais dilatada a pupila mais radiação a pessoa recebe. Além disso, é imprescindível um acompanhamento médico anual”, diz.   

Na hora da compra, a sugestão é buscar uma ótica de confiança, que tenha sido indicada por um médico oftalmologista e que coloque à disposição do cliente o maquinário para identificar as propriedades de proteção contra raios UVA e UVB dos óculos escuros. Observe também a textura das lentes e desconfie de preços muito abaixo do mercado.


Com essas dicas em mão é só optar pelo modelo que mais combina com você, sem deixar a proteção de lado.

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