Minas Gerais vai produzir 54% de todo o café do país

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O setor cafeeiro deverá movimentar mais de R$ 20 bilhões no Brasil neste ano. Segundo dados da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), 54% serão provenientes da produção do estado, que está estimada em 24 milhões de sacas para 2017. O próximo relatório será divulgado no dia 21 de dezembro.

Apesar do impacto causado pelo ciclo bianual da planta, o setor celebra os resultados deste ano e mostrou otimismo para 2018. “Haverá uma pequena queda, que é da própria lavoura, pois temos um ano de safra cheia e outro de queda, uma vez que a planta estará se recuperando. Mas apesar da bienalidade, comemoramos que vamos produzir mais de 24 milhões de sacas. Isso significa 54% da produção nacional. É uma produção muito boa. Lamentamos, apenas, que poderíamos ter preços melhores, já que não há estoques. Mas temos a certeza de que haverá uma recuperação e que chegamos a um resultado satisfatório”, afirmou o presidente da Faemg, Roberto Simões.

 

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Foto: Shutterstock

 

As regiões produtoras de café

Cerrado Mineiro – 100% Arábica. Os cafés do Cerrado de Minas Gerais são caracterizados pela bebida fina, corpo forte e excelente aroma e doçura. São produzidos em altitudes entre 800m e 1.200m. A região tem estações bem definidas: verões quentes e chuvosos seguidos por invernos secos e frios. Ou seja, o clima ideal para o cultivo de cafés naturais de alta qualidade. O padrão climático do cerrado é singular e ajuda a produzir excelente café arábica processado por via natural (secos ao sol). A florada é concentrada, o amadurecimento é uniforme e é acompanhado por bastante luminosidade, ajudando a fixar aroma e doçura.

 

Sul de Minas– 100% Arábica. São cafés que atingem as melhores classificações de bebida (mole ou estritamente mole), encorpados com alta acidez e um sabor doce característico. O Sul de Minas é a maior região produtora de café arábica do Brasil. Tem altitudes entre 850m e 1.250m e temperatura média anual entre 22 e 24°C. As variedades mais cultivadas são o Catuaí e o Mundo Novo, mas também há lavouras das variedades Icatu, Obatã e Catuaí Rubi.

 

Mogiana – 100% Arábica. A bebida produzida nesta região é bastante encorpada, com aroma frutado e sabor suave e adocicado. Uma das mais tradicionais regiões produtoras de café arábica, a Mogiana está localizada ao norte do estado de São Paulo, com cafezais a uma altitude que varia entre 900 e 1.000 metros. A temperatura média anual é bastante amena em torno de 20°C. A região produz somente café da espécie arábica, sendo que as variedades mais cultivadas são o Catuaí e o Mundo Novo.

 

Paraná – 100% Arábica. Os cafés produzidos no norte do Paraná proporcionam uma bebida extremamente encorpada, com um amargo acentuado, aroma caramelizado e acidez normal. A altitude média é de 650 metros, sendo que na região do Arenito, a altitude é de 350 metros e na região de Apucarana chega a 900 metros.

 

Bahia – Robusta e Arábica. Os grãos proporcionam uma bebida com sabor suave, levemente achocolatado, pouco corpo e com notável acidez. Há três regiões produtoras consolidadas: a do Planalto, mais tradicional produtora de café arábica; a Região Oeste, também produtora de café arábica, sendo uma região de cerrado com irrigação e a litorânea, com plantios predominantes do café robusta (conilon). Na Região Oeste, existe um número cada vez maior de empresas utilizando café irrigado, contribuindo para a consolidação do Estado como o quinto maior produtor do país.

 

Espírito Santo – Robusta e Arábica. As lavouras de robusta ocupam a grande maioria do parque cafeeiro estadual e respondem por quase 2/3 da produção brasileira da variedade que se expandiu principalmente nas regiões baixas, de temperaturas elevadas. O estado coloca o Brasil como segundo maior produtor mundial de Robusta.

 

Rondônia – 100% Robusta. Rondônia é o sexto maior estado produtor de café e o segundo maior produtor de Robusta do país. A produção é constituída exclusivamente de café robusta.