Brasil deverá colher uma safra de milho 10% menor

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Nesta quarta-feira (09), as nuvens carregadas de uma frente fria estão sobre o Uruguai e Argentina, e avançam para o extremo sul do Brasil nos próximos dias. Na maior parte do país o tempo segue firme e sem previsão de chuva.

 

A partir de amanhã (10), as nuvens de chuva deste sistema chegam a região de Uruguaiana, provocando grandes volumes de chuva. Até o fim de semana, a instabilidade avança sobre grande parte das regiões produtoras de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, oeste do Mato Grosso, São Paulo e sul de Minas Gerias.

 

Próximos dias nas regiões produtoras

 

Na próxima semana, uma nova frente fria avança sobre o Brasil, causando chuva mais generalizada em grande parte da região centro-sul. No Tocantins, Piauí e na Bahia, o tempo segue aberto e sem previsão de chuva generalizada. No Maranhão, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) associada a presença de áreas de instabilidades, provocam pancadas de chuva ao longo dos próximos sete dias.

 

09-05

 

A tendência é do retorno da chuva em grande parte do país, que será muito comemorado pelos produtores. No entanto, a instabilidade chega tarde para salvar o milho safrinha, que já se encontra com fortes quebras em praticamente todas as regiões produtoras do Brasil. A exceção é para as regiões do oeste e centro-norte do Mato Grosso, onde a chuva se prolongou até a semana passada e com isso, as lavouras estão em excelentes condições com estimativas de produtividades excepcionais.

 

Colheita das lavouras

 

Nas demais localidades do Mato Grosso e de todo o país, as quebras variam muito de região para região, sendo o Paraná e São Paulo as localidades que apresentam as maiores quebras, com perdas superiores a 25%. No entanto, o Brasil deverá colher uma safra de milho 10% menor do que a estimativa que estava sendo projetada para 2018 e 18% a menos do que o registrado na safra passada.

 

A colheita da cana-de-açúcar está sendo beneficiada por esse tempo seco. Entretanto, o retorno das instabilidades nos próximos dias, elevarão os níveis de umidade do solo, garantindo melhores condições ao desenvolvimento das lavouras e melhorando as estimativas de produtividade para as lavouras que irão ser colhidas ao longo do 2º semestre. É fato que a estiagem de mais de 40 dias, em grande parte das regiões produtoras do centro-sul, irá trazer impactos nas médias de produtividade das lavouras.

 

2ª quinzena

 

Com o termino do bloqueio atmosférico, a segunda quinzena de maio deverá ser marcada por chuva mais regular e em bons volumes sobre grande parte das regiões produtoras do centro-sul. Não há riscos para ocorrências de geadas ou qualquer outro tipo de dano por temperatura baixa durante esses próximos 15 dias.

 

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Análise de volume de chuva para a área produtora