Germinação do trigo será beneficiada

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Nesta terça-feira (15), o avanço de uma nova frente fria pela Região Sul do país, deixa o tempo instável e com previsão para chuva sobre diversas localidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e do Mato Grosso do Sul. Pode ocorrer pancadas isoladas sobre Goiás e o Mato Grosso, porém em baixo volume. Áreas de instabilidades ganham forças ao longo da semana e até o domingo (20) é esperado chuva mais generalizada sobre boa parte do centro-sul, Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

 

Entretanto, a chuva chega muito tarde para a grande maioria das lavouras de milho safrinha. Apesar de auxiliarem ainda alguns agricultores, as perdas serão irreversíveis. Como as precipitações chegam apenas na 2ª quinzena de maio, as perdas no potencial produtivo das lavouras aumentaram drasticamente nos últimos 15 dias. Com isso, o Brasil deve colher neste ano uma safra de milho safrinha inferior a 58 milhões de toneladas.

 

Situação das lavouras

 

As maiores quebras no milho encontram-se no Paraná e em São Paulo, enquanto no restante das regiões produtoras as perdas são observadas em uma escala menor. Em ambos os estados, as perdas devem ultrapassar os 25%, tendo casos superiores a 60%. Apenas as regiões produtoras da faixa oeste e no centro-norte do Mato Grosso, apresentam excelentes condições ao desenvolvimento das lavouras, contando com médias de produtividade superiores as observadas na safra passada.

 

A mesma situação deve ocorrer com o feijão, que mesmo sobre o regime de irrigação, muitas lavouras apresentam quebras, menores do que no milho, principalmente as cultivadas no Paraná, São Paulo e em Minas Gerais.

 

Com relação a cultura do trigo, muitos produtores do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul já iniciaram o plantio. A chuva prevista para os próximos dias, possibilita uma melhora nas condições hídricas do solo, favorecendo não só a continuidade do plantio, mas principalmente, a germinação das sementes. Como a previsão indica chuva mais regular nas próximas semanas, a tendência é que as condições se mantenham favoráveis ao desenvolvimento das culturas de inverno.

 

Para a cana-de-açúcar, as condições também serão boas, apesar do retorno da chuva e da paralização da colheita. Devido a forte seca que atingiu todo o centro-sul do país nos últimos 45 dias, muitas lavouras de cana apresentam estresse hídrico, o que afeta o potencial produtivo das plantas, que serão colhidas ao longo do 2º semestre. Assim, o retorno da instabilidade possibilitará a elevação dos níveis de água no solo e, consequentemente, uma melhora nas condições ao desenvolvimento das plantas.

 

Com o café irá acontecera mesma coisa, na qual, apesar de ocorrer paralisações momentâneas na colheita nas áreas produtoras de São Paulo e Paraná, a elevação dos níveis de umidade do solo possibilita que as plantas obtenham melhores condições ao seu desenvolvimento.

 

Ar polar chega nas áreas produtoras

Após a passagem de uma frente fria pelo país, nesta semana, uma massa de ar polar de intensidade moderada deve avançar por todo o centro-sul do Brasil, provocando o declínio acentuado das temperaturas mínimas, nas madrugadas de segunda (21) e terça-feira (22). Em muitas localidades os termômetros poderão marcar temperaturas abaixo dos 5°C, principalmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná.

 

Nas regiões do planalto paranaense, nas serras gaúchas e catarinenses, pode ocorrer até mesmo a formação de geadas isoladas. No entanto, ainda não há indicativos de que venha ocorrer geadas nas áreas produtoras de milho, feijão, cana-de-açúcar e café.

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Análise de volume de chuva para a área produtora