Os custos de produção e de matérias-primas para os fertilizantes estão em patamares elevados e com tendência de alta para o quarto trimestre. De acordo com o analista da INTL FCStone, Fábio Rezende, o mercado historicamente apresenta um movimento oposto nesta época do ano.
Quando é somado os custos de produção aos baixos estoques globais e à demanda acima do comum, é esperado que os preços sejam bem sustentados nos próximos meses, mantendo talvez a tendência de alta. Ainda de acordo com o analista, é difícil visualizar um cenário de queda significativa dos preços no curto prazo.
Uma das matérias-primas que mais registrou alta foi o gás natural, que é utilizado para a fabricação de amônia, ingrediente dos fertilizantes nitrogenados e dos fosfatados DAP e MAP. De acordo com Fábio, o preço bateu as máximas desde 2014, impulsionado pela alta do petróleo e pelo rápido crescimento da demanda na Ásia. Se considerarmos o aperto no balanço global de petróleo e a chegada do inverno no hemisfério norte, época em que a demanda por gás para aquecimento dispara, o cenário permanece de alta para o combustível.
Por outro lado, a safras recordes de milho, trigo, arroz e soja nos principais produtores agrícolas do mundo têm impulsionado o consumo dos fertilizantes. Para Fábio Rezende, mesmo com a redução sazonal das aplicações com a aproximação do inverno no hemisfério norte, as compras para abastecimento de estoques devem se manter.
