Culturas de Inverno: safra 2019 avança nos campos

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A estimativa da produção de grãos, para a safra 2018/19, é de 236,7 milhões de toneladas. O crescimento deverá ser de 4% ou 9 milhões de toneladas acima da safra anterior. Quanto às culturas de inverno, a safra 2019 se inicia de forma progressiva, com plantios e implementação das lavouras ao longo das regiões produtoras desses grãos em questão.

 

Feijão comum e em cores

 

O mercado segue calmo e a oferta segue formada, basicamente, de grão comercial, que se avoluma a cada dia, influindo numa melhor formação dos preços, tendo em vista que são poucos os compradores interessados nesse tipo de mercadoria. O produto extra novo continua escasso, e o especial nota 8,5 vem atendendo os empacotadores em sua marca de primeira linha.

 

No Sul do país cerca de 90% da produção oriunda da primeira safra foram comercializadas pelos produtores, e o mercado está na expectativa da oferta proveniente da segunda safra, cuja colheita já começou e se concentra em maio. A estimativa é de uma produção superior em 52,5% à safra anterior.

 

Caso se confirme a previsão acima, a disponibilidade do produto deverá se manter firme, favorecida pelas ofertas oriundas dos estados das Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste do país. Diante da conjunção desses fatores (maior oferta e baixo consumo) não se vislumbra, em curto prazo, qualquer perspectiva de recuperação dos preços, a não ser por uma frustração da safra.

 

Com isso, muitos comerciantes estão postergando suas compras e aguardando o aumento na oferta, com preços mais baixos e melhor qualidade dos grãos. Espera-se que tal procedimento deve contribuir para estimular o consumo que anda em baixa.

 

Os produtores irrigantes se preparam para o plantio da safra de inverno (terceira safra) e acompanham atentamente o comportamento do mercado. Se prevalecer essa tendência, muitos poderão migrar para o plantio de outras culturas, o que poderá comprometer o quadro de oferta. Nas zonas de produção, dependendo da qualidade da mercadoria, os valores recebidos pelos produtores para os produtos recém-colhidos estão oscilando entre R$ 130 e R$ 160 a saca.

 

Feijão comum preto

 

No preços seguem estáveis desde abril. No Paraná o plantio da segunda safra foi finalizado em março, com expectativa de uma colheita em torno de 187,2 mil de toneladas. O volume previsto é pequeno e, doravante, o país passará a depender de importações, principalmente da Argentina, nosso maior fornecedor.