Efeitos do fogo na germinação de espécies do cerrado

26/08/2019 às 08:38
por Redação

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Parceria com britânicos estudará ecologia das sementes e efeitos da fumaça na germinação de espécies do Cerrado

A professora Alessandra Tomaselli Fidelis foi a única contemplada de uma chamada proposta pela Fapesp em parceria com o Natural Environment Research Council (NERC), um dos Conselhos de Pesquisa britânicos. A proposta da professora da Unesp de Rio Claro envolve o estudo dos efeitos do fogo na germinação de espécies do cerrado.

 

O grupo de pesquisa da docente já estuda o tema há alguns anos e ao longo desse período tem emplacado publicações em revistas científicas de impacto. A proposta foi submetida em parceria com o professor Gerhard Leubner, do Royal Holloway, da University of London, um dos maiores especialistas do mundo em estudos sobre fisiologia de sementes e sinais moleculares.

 

“Por meio desta proposta vamos unir o nosso conhecimento sobre a ecologia das sementes e da germinação das espécies do Cerrado com o conhecimento do grupo do Dr. Gerhard, que irá analisar os efeitos do fogo através de estudos fisiológicos e moleculares”, explica a professora do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências da Unesp de Rio Claro.

 

O projeto tem duração de 24 meses que, segundo a professora Alessandra, deverá iniciar com estudos sobre os efeitos da fumaça na germinação de espécies de Cerrado. “Temos como objetivo no futuro escrever um projeto maior para entender os sinais das altas temperaturas também na quebra de dormência ou resistência das sementes”, aponta Alessandra.

 

Inicialmente, a colaboração envolverá a troca de experiência dos pesquisadores e alunos envolvidos, com viagens da equipe de Rio Claro ao Reino Unido para treinamento nas técnicas moleculares e análises das sementes, e viagens da equipe britânica para São Paulo, com o objetivo de aprender a metodologia aplicada pelo grupo da Unesp para as sementes, assim como conhecer as espécies em campo. “Será uma excelente troca de conhecimento”, aponta a docente.

 

A professora Alessandra e o professor Gerhard se aproximaram durante um evento internacional realizado no Brasil, em 2016, chamado Seed Ecology, quando uma das pesquisadoras do grupo britânico se interessou pelo trabalho da Unesp de Rio Claro.

 

Desta aproximação surgiu a ideia de elaborar um projeto para ser submetido à chamada da Fapesp, que acabou contemplada.

 

Fonte: Agência Fapesp

 

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