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Tempo seco no Paraná preocupa produtor

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Em Campo Mourão, no Paraná, a situação das lavouras está preocupante: feijão, pastagens e principalmente a lavoura do milho que encontra-se em estágio vegetativo, vêm apresentado, a cada dia sem chuva, perspectiva de quebra na produção.

 

Em Cornélio Procópio (PR), a umidade do solo está baixa. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), neste panorama climático, na cultura do milho 2ª safra, as perdas no seu potencial produtivo aceleram a cada dia, sendo que metade se encontra em desenvolvimento vegetativo e o restante em floração. A estimativa é que 60% encontram-se em condições ruins e o restante da área em condições médias. A perda no seu potencial produtivo está em 30% com viés de alta.

 

Trigo

 

Na cultura do trigo, 55% já está semeada no solo seco aguardando umidade para a germinação da sementes. Desse total apenas 1% germinou de maneira irregular. As sementes depositadas no solo vão perdendo gradativamente o seu potencial de germinação e seu vigor com o passar dos dias. Os resultados acontecem após a ocorrência das chuvas com a quantidade necessária para para suprir plenamente o solo. 

 

Culturas perenes

 

Nas demais culturas perenes e frutas desta época, este veranico está causando perdas tanto em quantidade quanto em qualidade dos produtos a serem comercializados.

 

Cana e café

 

Teve início a colheita da cana-de-açúcar, sendo esta operação favorecida pelo tempo firme atual, e os cafeicultores estão nos preparativos finais para início da sua colheita.

 

Pecuária

 

Na pecuária, a situação é igualmente preocupante, devido a baixa qualidade em que se encontram as pastagens. Os níveis dos córregos, rios e represas estão baixos, dificultando o fornecimento de água para irrigação da hortas e para fornecimento aos animais na pecuária.

 

Em Guarapuava (PR), mesmo sendo uma época de poucas áreas de lavoura neste período, as quais estão concentradas no feijão, batata e milho da segunda safra, a situação é dramática aos produtores rurais porque quase não choveu. 

 

"Não só as lavouras da segunda safra estão sentindo a falta de umidade no solo, pois as pastagens também estão muito “fracas”, comprometendo a produção de carne e leite, inclusive as áreas de aveia, azevém e outras pastagens que já foram semeadas ainda não germinaram pela falta de umidade", informa os técnicos : Dirlei Antonio Manfio e Josnei Augusto S. Pinto, do Deral.

 

Além dos problemas climáticos, os pecuaristas de Guarapuava estão sentindo o impacto dos bons preços das commodities. Enquanto é bom para o produtor, é ruim para o pecuarista. O déficit hídrico é muito grande, comprometendo o abastecimento de água para os animais, enfraquece as nascentes, reduzindo o nível dos rios, lagos, açudes e outros.

 

O plantio das culturas de inverno, principalmente o trigo, deve iniciar somente final de maio começo de junho, caso ocorram chuvas suficientes para umedecer o solo.

 

Previsão para os próximos dias

 

Para quarta-feira, 5 de maio, a previsão é de que a frente fria avance em direção ao mar, se afastando do Brasil, porém a circulação de ventos em vários níveis da atmosfera vai manter áreas de instabilidade sobre o Rio Grande do Sul. 

Mas agora, as nuvens carregadas se expandem um pouco em direção ao Planalto e a Serra gaúcha e também ao sul de Santa Catarina. 

 

Assim, para a quarta-feira, a situação é de bastante atenção para o risco de temporais no Oeste, no Planalto e na Serra gaúcha e também no Litoral Sul e na Serra catarinense.

 

As outras áreas de Santa Catarina e no Paraná, devem sentir um aumento da nebulosidade e dos ventos, porém não há expectativa de chuva.  As rajadas de vento mais intensas podem alcançar até 70 km/h, de forma geral, nos dois estados, com marcas um pouco maiores na região serrana catarinense.

 

Após a passagem desta frente fria, uma forte massa de ar frio de origem polar vai se espalhar sobre a Região Sul do Brasil. A partir de quinta-feira, 6 de maio, que a temperatura deve ter uma queda muito acentuada nos três estados do sul do Brasil.

 

"Nas áreas mais altas do Paraná, podem até ser registradas temperaturas negativas, mas não há risco para geada severa no estado paranaense. Com relação a precipitação não há estimativas para chuva generalizada, por enquanto", prevê Celso Oliveira, meteorologista da Climatempo.  

 

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Como planejar uma safra e monitorar sua fazenda?

 

Otimizar o plantio, ficar de olho no Clima para avançar com os trabalhos no campo e observar o desenvolvimento da cultura para evitar perdas são algumas das decisões que você produtor rural precisa tomar durante a safra. 

 

Agroclima Pro é um serviço de tecnologia da Climatempo que utiliza o conhecimento meteorológico. Com ele você pode acessar o histórico de dados de Clima para sua fazenda e pode detectar áreas com menor vigor vegetativo. Além disso, você fica sabendo como será a demanda hídrica da sua lavoura nos próximos 15 dias e ainda consegue identificar os melhores dias e horários para realizar as pulverizações.

 

 

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