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A importância do clima na produção de oliveiras no RS

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Os pomares da Estância das Oliveiras, em Viamão, serão o cenário da Abertura Oficial da Colheita da Oliva no Rio Grande do Sul 2022, marcada para o dia 18 de fevereiro.

 

Apesar das variações climáticas, a expectativa dos produtores é manter os volumes registrados na última safra, quando foram produzidos 202 mil litros de azeites extra virgem no Estado. Os pomares gaúchos são responsáveis por aproximadamente 80% de toda produção nacional de azeite.

 

A importância do Clima na produção

 

Para que haja uma boa produção, são necessárias ao menos 200 horas de temperaturas abaixo dos 10 graus no inverno. A oliveira, planta originária do clima mediterrâneo teve uma excelente adaptação ao clima e ao solo do Rio Grande do Sul. É preciso ter cuidado desde a instalação do olival até a extração, quando o estágio de maturação da azeitona no momento da colheita é determinante para a qualidade do azeite.

 

Todas as fases do cultivo de oliveira são diretamente influenciadas pelas condições climáticas. O plantio é recomendado em setembro, quando começam as chuvas. Em abril e maio é feita a poda. Nos meses de junho e julho, a planta diminui o desenvolvimento vegetativo em função do estresse causado pela poda, frio e seca, o que a faz florescer a partir de agosto.

 

Para frutificar, a planta precisa do retorno da chuva, que contribui para o crescimento, desenvolvimento e enchimento da azeitona. Também é necessária a elevação da temperatura, em torno de 22º C a 28º C, para fornecer condições térmicas as quais proporcionam o desenvolvimento do fruto e a maturação.

 

Para enfrentar os ventos, a planta precisa da instalação de estaca junto ao seu tronco, até próximo dos dois anos da planta ou até ela se firmar. Essa técnica, chamada tutoramento mantém a planta firme e ereta, apesar da ação dos ventos.

 

Para manter a qualidade do azeite, é necessário fazer a extração em até 24 horas após a colheita da azeitona. Em média, o rendimento é de 12%, ou seja, são necessários 100 quilos do fruto para produzir de dez a 12 litros de azeite.

 

 

Principal feira do setor

 

Realizada pelo Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), com o apoio do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, a Abertura Oficial da Colheita das Oliveiras é o principal evento do setor olivícola no Brasil, reunindo produtores, especialistas, fornecedores, indústria, além de consumidores e apreciadores.

 

Para o presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes, a abertura da colheita das azeitonas é uma excelente oportunidade para divulgar, informar e reunir todos os elos da cadeia que formam o setor da olivicultura.

 

É um evento marcado pela troca de conhecimento sobre o azeite extra virgem brasileiro, apresentar novas máquinas, tecnologias e pesquisas, além de acompanhar a colheita. Outra atração da Abertura Oficial da Oliva em 2022, segundo o presidente do Ibraoliva, é que após a colheita os participantes poderão acompanhar a produção do azeite. Isso só será possível porque a Estância das Oliveiras conta com um lagar (local onde ocorre a transformação da azeitona em azeite) dentro da sua propriedade, ressalta Renato Fernandes.

 

Olivicultura no Brasil

 

Setor agrícola muito promissor, a olivicultura e a produção de azeite extravirgem se consolidaram em alguns estados do país, com ênfase para o Rio Grande do Sul, que é hoje o maior produtor de azeitona e o local com maior potencial de expansão do cultivo da oliveira. O Ibraoliva estima que até 2025 o Brasil atinja 20 mil hectares de oliveiras plantados.

 

Desde o começo do cultivo de oliveiras, o Rio Grande do Sul passou de 80 hectares em 2005 para aproximadamente 7 mil hectares cultivados em 2021. Nos próximos três anos a tendência é superar dez mil hectares.

 

Como planejar uma safra e monitorar sua fazenda?

 

Otimizar o plantio, ficar de olho no Clima para avançar com os trabalhos no campo e observar o desenvolvimento da cultura para evitar perdas são algumas das decisões que você produtor rural precisa tomar durante a safra. 

 

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