Nest
e verão choveu de forma muito irregular no Sul do Brasil, mas a chuva ficou um pouco mais frequente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, se comparada à primavera. Passamos por um verão onde podemos dizer que a Região Sudeste teve duas estações: a metade foi de muita chuva e relativo frio e a outra metade foi muito quente e seca.
Alguns dados anormais registrados ao longo deste verão: Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia houve registro de apenas 14,5°C de temperatura na cidade de
São Paulo, no dia 30 de janeiro, valor este que significa 4 graus abaixo do normal. Em
Belo Horizonte choveu entre dezembro e janeiro quase 1000 milímetros (aproximadamente 67% da chuva total esperada na região durante um ano inteiro).
Depois houve uma longa estiagem. A chuva só retornou de forma significativa no finalzinho da estação. No
Rio De Janeiro a situação foi semelhante: muita chuva em dezembro e em janeiro, mas depois veio o escaldante calor em fevereiro e neste começo de março. Uma possível explicação para essa ocorrência é que no começo do verão estávamos sob o efeito do fenômeno La Niña, que facilitou o avanço das massas polares pela América do Sul e promoveu uma maior frequência e intensidade da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).
Ao longo do verão esse fenômeno foi perdendo força. Com isso, as frentes frias ficaram mais fracas e bloqueadas: Consequentemente, a chuva diminuiu na Região Sudeste e não veio mais o frio. Com sol forte e pouca nebulosidade, a temperatura subiu.
O verão termina oficialmente no dia 20 de março, às 02h14, no horário de
Brasília. Teremos pela frente o
outono – estação de transição entre as condições de verão, que, Climatologicamente, na maior parte do país é quente e úmida, para o inverno, que é normalmente frio e seco.
A La Niña está enfraquecendo e devemos ter um
trimestre sob condições neutras. A tendência é que tenhamos pela frente chuva irregular, onde, gradativamente, os meses devem ficar cada vez mais secos e as primeiras massas polares devem começar a avançar pelo Brasil entre o finalzinho de abril e o início de maio.
Veja mais detalhes mês a mês, Região por Região: Abril 2012
Em abril, as chuvas devem ser frequentes na Região Norte e também em parte do Sul e do Nordeste do Brasil.
No Sul, os sistemas frontais causam chuvas mais intensas no oeste da Região. No final de abril, a atuação do sétimo e último sistema frontal, causa chuva forte e provoca a primeira queda abrupta de temperatura deste ano.
No Sudeste, o mês começa com bastante chuva, principalmente no Estado de São Paulo, no Rio de Janeiro e no Sul de Minas. Entre os dias 26 e 27, a passagem da última frente fria do mês deve provocar chuva forte em São Paulo e o tempo esfria no último dia.
No Centro-Oeste as chuvas ficam abaixo da média histórica em praticamente toda a Região. No sul de Mato Grosso do Sul, a chuva deve ficar acima da média histórica, devido à atuação do sétimo sistema frontal do mês.
Como a onda de frio só acontece no fim do mês, em média, praticamente todo o país terá mais calor do que o normal.
Maio 2012
No Sul, o avanço de sistemas frontais deve continuar causando temporais e ventos fortes em algumas localidades. O primeiro sistema passa logo no começo do mês. O mês deve ser mais chuvoso e mais frio em relação à média.
No Sudeste, as totais de precipitação ficam inferiores a 50 mm em grande parte de Minas Gerais e no Espírito Santo, onde a umidade relativa do ar atinge valores muito baixos. A atuação de alguns sistemas frontais deve provocar temporais nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O mês será em média frio.
No Centro-Oeste, chove pouco em grande parte da Região. Por esta razão, a umidade relativa do ar atinge valores críticos em alguns dias. A atuação das frentes frias deve ser mais sentida apenas em Mato Grosso do Sul.
No Nordeste, deve chover menos que a média e, consequentemente haverá muito calor. No litoral baiano, inclusive em
Salvador, a atuação dos sistemas frontais no começo e no fim do mês deve causar chuva forte e a temperatura até cairá um pouco.
No Norte, a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), ainda pode provocar chuva forte no norte dos Estados do Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.
Junho 2012
Em Junho, os sistemas frontais que ficam semi-estacionários devem causar rajadas de vento e chuvas intensas em algumas localidades da Região Sul. Mas, de forma geral, os totais pluviométricos só devem exceder a climatologia mensal no sudeste do Rio Grande do Sul.
No Sudeste, o mês será de pouca chuva. A umidade relativa do ar deve atingir valores inferiores a 30%. Em média haverá mais calor do que o normal. Em relação a maio, junho será bem mais quente.
No Centro-Oeste, a atuação de uma massa de ar quente e seco durante quase todo o mês deixa a temperatura alta e a umidade relativa do ar baixa em várias localidades. Chove pouco e deve fazer mais calor que a média.
No Nordeste, a presença da massa de ar quente e seco deixa a maior parte da Região com chuva abaixo do normal. Os índices de umidade relativa do ar podem atingir níveis críticos no interior da Bahia e no sertão.
No Norte, a maior parte da Região deve ter chuva abaixo da média histórica. Por outro lado, a posição da Zona de Convergência Intertropical deve provocar chuva forte e volumosa no norte de Roraima e em áreas isoladas do norte dos Estados do Amazonas e Amapá.
A persistência de uma intensa massa de ar seco deixa a temperatura elevada e a umidade relativa do ar baixa em grande parte do Brasil. Muitos focos de queimadas são esperados no Brasil Central.