23/01/2018
por HVL
A cada dia que nasce no leste de Minas Gerais, as esperanças de voltar a chover por aqui parecem evaporar com o sol escaldante e a secura do ar recorde fora de época. Acompanhando as atualizações dos modelos meteorológicos a única certeza até agora é que centenas de cidades entrarão em colapso de desabastecimento em breve, prestes a completar seis anos consecutivos de chuvas irregulares e com algum período prolongado de seca aberrante em pleno período chuvoso. "Período chuvoso", aliás, tem sido um termo difícil de definirmos, pois as chuvas nos últimos anos têm durado em média não mais que uma semana, sendo seguida por intermináveis dias áridos. É o que acontece agora. Depois de uma segunda quinzena de dezembro seca fomos beneficiados com um pouco de água no ano-novo, mas depois do dia 5 de janeiro praticamente não se viu chuva nessa área de Minas. Desde o dia 15 os modelos falam em chuva em suas previsões prolongadas, mas somente nesse prolongamento, que nunca chega. Primeiro se falava em chuva a partir do dia 20, depois jogaram para o dia 22, depois para o dia 25 e agora os mais positivos a empurram para o dia 29. Parece um jogo para não assustar muito os afetados pela seca, mas em vista da realidade não faz efeito, com localidades em pleno janeiro, antes dito como o primeiro ou segundo mês mais chuvoso do ano, que já enfrentam racionamento e o calor extremamente incômodo durante o dia, prolongado pelo horário de verão que acrescenta uma hora a mais de sol e muito desconforto. A tendência para fevereiro e março tem sido favorável até então, mas vamos ver se nesse empurra-empurra das chuvas não jogarão a volta delas para o ano que vem.
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