Temperatura cai na Grande SP depois da chuva

16/05/2016 às 20:05
por Josélia Pegorim

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Sensação de frio aumenta até quinta

 Muita gente comemorou a chuva forte que caiu sobre a Grande São Paulo nesta segunda-feira, 16 de maio. Mas a esta chuva não veio para ficar. Temporais ocorreram em várias áreas do estado de São Paulo provocados pela passagem de uma frente fria. Mas esta frente fria se movimenta rapidamente para o Espírito Santo e centro-norte de Minas Gerais e as condições para chuva sobre a Grande São Paulo já diminuem muito nesta terça-feira.

A chuva forte se afasta e o ar polar volta a influenciar a Grande São Paulo esfriando a região novamente. A temperatura fica amena até a quarta-feira, mas na quinta-feira a sensação de frio será maior. O frio não será intenso como no fim de abril e não há expectativa de novo recorde. A menor temperatura este ano em São Paulo registrada pelo Instituto Nacional de Meteorologia foi de 10,0°C no dia 2 de maio.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, a temperatura na tarde da segunda-feira chegou aos 27,3°C. Foi a tarde mais abafada na capital paulista desde 25 de abril quando a temperatura máxima foi de 30,9°C

 

Confira a previsão para São Paulo

 

Grande SP teve chuva forte, ventania e granizo

A passagem de uma frente fria sobre o estado de São Paulo gerou a formação de das linhas de instabilidade que provocaram chuva sobre a maioria das áreas da Grande São Paulo. Uma linha de instabilidade (LI) é um conjunto de nuvens do tipo cumulonimbus que se deslocam interligadas e ao mesmo tempo, o que aumenta seu poder de temporais. É comum termos ventania e chuva forte na passagem deste tipo de sistema. As nuvens cumulonimbus provocam raios e fortes rajadas de vento.

 

Conheça os 10 tipos principais de nuvens

 

A primeira LI veio do Paraná e passou sobre a Grande São Paulo entre 5 horas das madrugada e 8 horas da manhã desta segunda-feira, 16 de maio, mas a chuva veio fraca. O volume de chuva acumulado não chegou aos 10 mm, pela medição do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A segunda LI se organizou na divisa de São Paulo com o Paraná e avançou sobre o estado de São Paulo passando sobre a Grande São Paulo entre 16h e 18 horas. Desta a vez a chuva veio forte, com muitas descargas elétricas, granizo e vento forte, mas passou rapidamente.

 

 

 

A chuva forte sobre aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital, reduziu bruscamente a visibilidade horizontal de 9000 metros, às 17 horas, para 1200 metros, às 17h14. Com diminuição da chuva, a visibilidade melhorou rapidamente e às 19h23 estava em 8000 metros.

Na zona norte, a chuva forte sobre o Campo de Marte veio com rajadas de vento de 57 km/h às 17h15. A visibilidade passou de 7000 metros para apenas 1000 metros às 17h25, mas dez minuto depois, com o enfraquecimento da chuva, a  visibilidade aumentou para 7000 metros.

Em Barueri a passagem das nuvens carregadas provocou duas rajadas de vento com 77 km/h às 17 e às 18 horas, pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia.

O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) registrou em ponto de alagamento no centro da cidade São Paulo, na região da Praça da Bandeira. Houve queda de granizo na região de Perdizes, na zona oeste da cidade.

A rede Climatempo-BrasilDAT de monitoramento de descargas elétricas registrou mais de 1500 raios sobre São Paulo apenas entre 16 e 17 horas, representados pelas cruzes vermelhas na figura. A concentração de raios no sul da cidade corresponde a um forte núcleo de chuva.

 

 

 

 

Bairros das zonas oeste, centro, sul e sudeste registraram a chuva mais intensa.

 

 

 

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