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    Calor aumentou consumo de energia em outubro

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    5 min de leitura

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    Outubro é um mês historicamente quente no Brasil e recordes de calor são comuns nesta época. No período de 15 a 20 de outubro de 2016 ocorreu uma forte elevação da temperatura em todas as Regiões do Brasil, especialmente no Sudeste e no Centro-Oeste, mas também na maioria das áreas da Região Sul.

    Temperaturas de 40°C ou mais já vinham sendo registradas no Nordeste, o que é comum nesta época. No dia 10 de outubro fez 43,8°C em Esperantina, no norte do Piauí, temperatura que integra a lista das dez maiores temperaturas registradas no país.

    Nos estados do Centro-Oeste, do Sudeste e no Paraná, o aumento do calor entre os dias 15 e 20 de outubro foi notável. Em Porto Murtinho, na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, foram quatro dias consecutivos com temperatura de 40°C ou mais. O pico do calor foi no dia 19, quando a cidade de São Paulo chegou aos 35,9°C, recorde de calor para 2016, e em Porto Murtinho fez 42,0°C. A marca dos 40°C se espalhou pelo país e foi observada em cidades de Goiás, de Minas Gerais, de Mato Grosso do Sul, de Mato Grosso, do Ceará, do Maranhão e do Piauí.

     

     

     

    A redução da nebulosidade e da chuva sobre o país no período de 14 a 19 de outubro foi a causa da elevação da temperatura generalizada.

     

    O calor aumentou o consumo de energia

    No dia 19 de outubro ocorreu o pico de consumo de energia do mês considerando as medições do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) até o dia 21.

    No gráfico os traços em roxo indicam a redução do consumo no feriado do dia 12 e o fim de semana 15 e 16 e outubro, dias em que a queda do consumo é comum.

     

     

     

    O infográfico faz um comparativo entre o consumo energético total do Brasil no dia 3 de outubro, o menor do mês, e o do dia 19, o mais elevado de outubro até o dia 21. O consumo energético total é a soma do consumo residencial e do industrial. A diferença entre o pico máximo de consumo total no Brasil (dia 19) e o mínimo (dia 3) foi de quase 9 mil MWmed (*). Só esta diferença cobriria quase todo o gasto energético da Região Nordeste no dia 19 de outubro que foi da ordem de 10 mil MWmed.

    (*) MWmed = Megawatt médio

     

     

     

    O consumo energético industrial não se altera muito ao logo de um mês, mas o residencial é fortemente influenciado pelas variações de temperatura. As altas temperaturas em locais do interior do Brasil também não causam alterações importantes no balanço diário do consumo energético do país. O que conta mesmo, na prática, é a mudança de comportamento nos dias muito quentes nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio De Janeiro.

     

    Efeito do aumento do calor na Grande SP e no Grande Rio

    Para aliviar o calor do começo da segunda quinzena de outubro de 2016, um maior número de aparelhos de ar condicionado foi ligado e por uma quantidade de horas maior. É aí que aparece basicamente o aumento do consumo. Assim, uma grande porção do aumento do consumo energético do Brasil do dia 3 para o dia 19 de outubro pode ser atribuído ao aumento do calor e do consumo de energia na Grande São Paulo e no Grande Rio.

    A diferença do gasto de energia do sistema Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO) entre os dias 3 e 19 de outubro foi de quase 7 mil MWmed que cobriria com sobra a necessidade energética da Região Norte, que no dia 19 de outubro foi da ordem de 6 mil MWmed.

     

     

     

    O calor está apenas começando e outros picos ainda maiores do que o observado em meados de outubro certamente vão acontecer no decorrer da primavera e durante o verão.

     

    Retração da economia

    Ao longo dos primeiros 9 meses de 2016 o consumo médio no Brasil chegou 65,8 mil MWmed (*), ligeiramente acima do registrado até setembro de 2015 (65,7 mil MWmed). Este quadro reflete estagnação da economia, pois consumo de energia está intimamente ligado à atividade industrial, a empregabilidade e ao poder de consumo. O que mais preocupa, no entanto, é que o consumo até setembro de 2016 foi 2% menor que o consumo até setembro de 2014, o que indica grande retração da economia brasileira.

     

    (*) MWmed = Megawatt médio

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