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Clima extremo na América do Sul:Onda de calor e seca na Amazônia

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4 min de leitura

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Um estudo recente realizado pela Worl Weather Attributio revela a influência significativa das mudanças climáticas em eventos climáticos extremos na América do Sul. Duas ocorrências notáveis - uma onda de calor na região central do Brasil e uma seca histórica na Amazônia em 2023 - foram analisadas, destacando a importância de entender as implicações das mudanças climáticas. Esses eventos, associados a fenômenos naturais como o El Niño, reforçam a urgência de ações globais para conter as emissões de gases de efeito estufa.

 

Onda de calor no Brasil

 

Em setembro de 2023, uma onda de calor atingiu a região central do Brasil, resultando em recordes de temperatura em São Paulo e Cuiabá. Contrariando a crença comum de que o El Niño era o principal responsável, o estudo da World Weather Attribution aponta que as mudanças climáticas causadas pela ação humana foram pelo menos 100 vezes mais prováveis de contribuir para a intensidade do calor. A análise abrangeu uma extensa área territorial, incluindo Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina.

 

Seca histórica na Amazônia

 

A seca histórica que assolou a Amazônia em 2023 teve sua origem principal nas mudanças climáticas causadas pela atividade humana, segundo o World Weather Attribution. Apesar da influência do El Niño, a pesquisa destaca que as mudanças climáticas foram o principal impulsionador, tornando a seca aproximadamente 30 vezes mais provável do que apenas com a influência do fenômeno natural.

 

Contexto da seca Amazônica

 

Desde meados de 2023, a Bacia Amazônica enfrenta uma prolongada estiagem, resultando em rios atingindo níveis historicamente baixos. A seca contribuiu para incêndios florestais, poluição do ar e impactos severos em comunidades ribeirinhas. O estudo, que contou com a participação de cientistas de diversos países, destaca a diminuição na precipitação e o aumento nas temperaturas na Amazônia devido às mudanças climáticas.

 

Rio Negro em situação de seca, em 3 de outubro de 2023 (Imagem: NASA/Landsat/OLI)

 

Rio Negro com nível normal, em 8 de outubro de 2022 (Imagem: NASA/Landsat/OLI

 

Alerta para o Mundo

 

Os cientistas advertem que, com um aumento global de 2°C na temperatura, eventos similares de escassez de precipitação e secas agrícolas se tornarão mais frequentes. As emissões de gases do efeito estufa desempenharam um papel crucial nesses eventos, e a continuidade desse cenário pode levar a secas na Amazônia a cada 13 anos, em vez do meio século previsto.

 

Os estudos da World Weather Attribution destacam a urgência de ações para conter as mudanças climáticas. Tanto a onda de calor no Brasil quanto a seca na Amazônia evidenciam os impactos devastadores desses eventos extremos, reforçando a necessidade de medidas de adaptação e mitigação. Compreender a relação entre fenômenos naturais e mudanças climáticas é crucial para enfrentar os desafios ambientais que afetam diretamente as populações e ecossistemas da América do Sul.

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