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Relatório revela avanços na transição energética

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6 min de leitura

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Guilherme borges - Meteorologista Climatempo

 

A Agência Internacional de Energia (AIE) lançou um relatório abrangente que destaca os progressos e desafios enfrentados na transição para uma economia global de baixo carbono. Este documento analisa o crescimento das emissões em 2023 e seu impacto, bem como os avanços significativos na adoção de energia limpa em todo o mundo.

 Fonte: GettyImages

Fonte: GettyImages

 

Crescimento das emissões e energia limpa

 

O relatório destaca que, embora o crescimento das emissões em 2023 tenha atingido um novo recorde histórico, o ritmo desse crescimento diminuiu em comparação com o crescimento econômico global. Isso foi atribuído em grande parte ao aumento substancial da capacidade de energia limpa, como energia eólica e solar fotovoltaica, além da crescente adoção de tecnologias limpas, como carros elétricos.

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Figura 1 - a) Emissões globais de CO2 relacionadas à energia e sua mudança anual, 1900-2023. b) Taxa média anual de emissões globais de CO2 e crescimento do PIB por década, 1903-2023.

 

Fonte: International Energy Agency

 

Impacto da energia limpa nas emissões

 

Entre 2019 e 2023, as emissões relacionadas à energia aumentaram consideravelmente, mas o relatório ressalta que esse aumento teria sido significativamente maior sem os avanços na adoção de tecnologias de energia limpa. A análise revela que a energia limpa desempenhou um papel crucial na redução das emissões, especialmente nos países desenvolvidos, onde as emissões caíram para os níveis mais baixos em décadas.

 

Desafios persistem

 

Apesar dos progressos na adoção de energias renováveis, países como China e Índia enfrentam desafios significativos devido ao crescimento econômico e à demanda por energia. Esses países viram um aumento considerável das emissões, influenciado tanto pelo aumento da demanda quanto por fatores climáticos adversos.

 

Figura 2 - Taxa média anual de melhoria da intensidade energética por região econômica.

Fonte: International Energy Agency

 

Temperaturas

 

As temperaturas globais tiveram um impacto significativo nas emissões do setor de energia em 2023. Enquanto o ano registrou altas temperaturas, 2022 foi ainda mais quente em regiões com alta demanda de ar condicionado. Isso resultou em um aumento relativamente pequeno nas emissões devido à maior demanda por resfriamento em 2023. Além disso, as condições de inverno mais brandas em países com grande demanda de aquecimento, como os Estados Unidos e a China, reduziram significativamente a demanda por energia para aquecimento, contribuindo para uma redução global das emissões em cerca de 120 Mt de CO2.

 

Precipitação

 

A precipitação teve um impacto significativo na geração de energia hidrelétrica em 2023. O aumento da capacidade hidrelétrica global foi contrabalançado por uma queda recorde na geração de energia hidrelétrica devido a secas severas em importantes regiões hidrelétricas. A China enfrentou uma redução drástica na geração hidrelétrica devido a um período prolongado de baixa precipitação, enquanto o Sudeste Asiático e a Índia também sofreram com condições secas. No entanto, a Europa experimentou uma recuperação na geração hidrelétrica devido à melhoria das condições de precipitação em comparação com o ano anterior. Essas variações na precipitação influenciaram diretamente a capacidade das usinas hidrelétricas de gerar eletricidade, destacando a importância do Clima na produção de energia renovável.

 

Papel do carvão e mudança para energias mais limpas

 

O relatório destaca que o carvão ainda é uma fonte significativa de emissões de CO2, especialmente em países em desenvolvimento. No entanto, há sinais encorajadores de uma transição em direção a fontes de energia mais limpas, particularmente em economias avançadas, onde a participação de energias renováveis na geração de eletricidade está aumentando rapidamente.

 

 

Em síntese, o relatório da Agência Internacional de Energia destaca a importância dos avanços na adoção de energia limpa na desaceleração do crescimento das emissões de CO2. No entanto, é necessário um esforço coordenado e contínuo para impulsionar ainda mais essa transição e alcançar as metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris.

 

O 2º Encontro Nacional Aplicado às Mudanças Climáticas para o setor do Agro e Energia no Brasil (EMSEA), que será realizado no dia 25 de Julho de 2024, pela Climatempo no Parque Tecnológico de São José dos Campos/SP.

 

O encontro irá debater políticas públicas e incentivos para a transição sustentável no Agronegócio e Energia, sustentabilidade rural e descentralização energética, mercado de carbono, gestão de resíduos do Agronegócio e geração de energia, transição energética no campo, impacto das mudanças climáticas nas cadeias de Suprimento de Energia e do Agronegócio.

 

Para participar do EMSEA, clique neste link. Já estão abertas as pré-inscrições!

 

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