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Clima e Previsão do Tempo

Chuvas recordes expõem vulnerabilidade do Brasil ao clima

O Brasil enfrenta três desastres climáticos em uma semana, com chuvas acima da média, desabrigados e municípios em situação de emergência

Guilherme Borges

17/01/2025 às 16:52

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Imagem da notícia Chuvas recordes expõem vulnerabilidade do Brasil ao clima
Fonte: Gettyimages

Em apenas uma semana, o Brasil enfrentou três eventos climáticos extremos que impactaram severamente diferentes regiões do país. Esses fenômenos são um reflexo alarmante das mudanças climáticas que vêm se intensificando ao longo dos anos.

Chuva extrema em Ipatinga-MG

 

No domingo, 12 de janeiro, a cidade de Ipatinga, localizada no Vale do Aço em Minas Gerais, registrou impressionantes 269,8 mm de chuva em apenas 48 horas. Esse volume equivale a mais de 150% da média esperada para todo o mês de janeiro, que é de 174 mm. A forte precipitação causou inundações severas em vários pontos da cidade, com água invadindo residências, comércios e vias principais, dificultando o deslocamento de moradores e o acesso a serviços essenciais.

De acordo com o levantamento realizado nesta segunda-feira (13) pelo Posto de Comando da Defesa Civil de Ipatinga, cerca de 85 mil moradores foram diretamente afetados pela chuva. O número de desalojados é estimado em 150 pessoas, enquanto 67 famílias estão oficialmente desabrigadas. Os bairros mais atingidos incluem Bethânia, Canaã, Vila Celeste, Veneza, Jardim Panorama, Esperança, Taúbas e Forquilha. Os impactos estruturais também foram extensos, com danos a pontes, redes de abastecimento e estruturas urbanas.

Casas desabaram em Ipatinga (MG), por causa das fortes chuvas que atingem o município

Figura 1- Chuva elevada causou deslizamentos na região. Foto: Corpo de Bombeiros MG

Grande volume de chuva em São Luís-MA

Enquanto Minas Gerais enfrentava suas dificuldades, São Luís, capital do Maranhão, também registrava um evento climático extremo. Entre as 9h do dia 13 e as 9h do dia 14 de janeiro, a cidade contabilizou 196,6 mm de chuva, um volume equivalente a grande parte do acumulado mensal esperado para a região. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), esse evento foi causado pela intensificação de áreas de instabilidade associadas à alta umidade e ao calor.

O acúmulo de água foi agravado pelos crônicos problemas de drenagem urbana, o que resultou em alagamentos generalizados. Ruas e avenidas ficaram submersas, impedindo o tráfego de veículos e colocando pedestres em situações de risco. Diversos bairros da Grande São Luís relataram prejuízos, com residências e comércios sendo invadidos pela água.

Santa Catarina sob intensa chuva

 

Na quinta-feira, 16 de janeiro, foi a vez do estado de Santa Catarina enfrentar chuvas intensas e atípicas. Tijucas registrou 244,2 mm de chuva em apenas seis horas, superando a média esperada para todo o mês, que é de 230 mm. Florianópolis, a capital do estado, também foi duramente atingida, com acumulado de 332,3 mm em 24 horas, muito acima da média mensal de 241 mm.

A combinação de sistemas meteorológicos, incluindo um cavado em níveis médios da atmosfera e o transporte de umidade do oceano, intensificou as chuvas no litoral catarinense. Os impactos foram devastadores, com deslizamentos de terra, alagamentos em larga escala e prejuízos materiais em diversos municípios. Até o momento, dez cidades decretaram situação de emergência, incluindo Camboriú, Governador Celso Ramos, Tijucas, Biguaçu, Florianópolis, Porto Belo, Ilhota, Balneário Camboriú, São José e Palhoça.

Segundo a Defesa Civil, o número de desabrigados já ultrapassa 781 pessoas, enquanto outras 104 estão desalojadas. Além disso, houve interdições em rodovias, rompimento de redes de energia e um aumento no risco de novos deslizamentos em áreas já saturadas.

Vista aérea de Balneário Camboriú

Figura 2 – Na imagem possível diversos pontos de alagamentos na cidade Balneário Camburiú. Foto: Guarda Municipal de BC 

O alerta das mudanças climáticas

 

Esses eventos reforçam os sinais de que o clima está mudando de maneira acelerada e alarmante. Nos últimos anos, o Brasil e o mundo enfrentaram os 12 meses mais quentes desde o início dos registros modernos, como confirmou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e centro europeu Copernicus. Desde 1850, observa-se o aumento das temperaturas globais devido à intensificação do efeito estufa e à emissão crescente de gases de efeito estufa. Como resultado, eventos climáticos extremos estão se tornando mais frequentes e intensos.

Histórico de desastres

 

A estação chuvosa no Brasil tem se tornado sinônimo de tragédias. Em fevereiro de 2023, o litoral paulista enfrentou chuvas torrenciais que deixaram ao menos 40 mortos, 1.730 desalojados e 766 desabrigados. Pouco mais de um ano depois, em maio de 2024, o Rio Grande do Sul vivenciou uma das maiores tragédias climáticas de sua história, com enchentes que resultaram em 160 mortes e deslocaram meio milhão de pessoas. Em ambas as situações, bairros inteiros foram submersos, enquanto abrigos públicos ficaram sobrecarregados com a evacuação em massa de moradores.

Impactos sociais e econômicos

 

Os efeitos desses desastres climáticos vão muito além das perdas materiais. Famílias desestruturadas, sonhos interrompidos e vidas perdidas deixam marcas profundas nas comunidades afetadas. A destruição de infraestruturas essenciais, como pontes, estradas e redes de energia, gera prejuízos bilionários e dificulta a recuperação das áreas atingidas.

Além dos danos econômicos, os impactos psicológicos são significativos. A perda de lares, a separação de comunidades e a insegurança sobre o futuro reforçam a urgência de políticas públicas que priorizem a prevenção e o apoio social às populações vulneráveis.

O futuro exige ação

 

Os eventos recentes são um lembrete de que as mudanças climáticas já estão impactando o Brasil de forma significativa. Para mitigar esses impactos, é urgente investir em infraestrutura resiliente, melhorar os sistemas de drenagem urbana e promover educação ambiental. Além disso, é fundamental fortalecer as políticas de monitoramento e resposta a desastres, garantindo que as comunidades mais vulneráveis tenham acesso a recursos e suporte em momentos de crise.

 


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