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Mudanças climáticas: como a falta de adaptação pode aumentar os riscos em cidades

Especialista alerta que cada território precisa de ações personalizadas para enfrentar os impactos já visíveis do clima

Angela Ruiz

17/06/2025 às 13:29

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Imagem da notícia Mudanças climáticas: como a falta de adaptação pode aumentar os riscos em cidades
Foto: Getty Images

A adaptação às mudanças climáticas exige ações locais, desenhadas de acordo com a realidade e as vulnerabilidades de cada território. É o que defende o engenheiro florestal André Ferretti, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN). Com 18 participações em edições da Conferência do Clima da ONU (COPs) desde 2000, ele alerta para a urgência de preparar cidades, áreas rurais e regiões costeiras para os efeitos já visíveis das mudanças climáticas.

“Enquanto a mitigação das emissões de gases de efeito estufa tem sempre um resultado global, a adaptação precisa ser feita no território, de forma personalizada e considerando as especificidades locais”, afirma Ferretti. Segundo ele, mesmo com esforços internacionais para reduzir emissões, os impactos climáticos continuarão e exigirão respostas rápidas, justas e eficazes.

“Se apenas os países mais ricos se adaptarem, os demais seguirão vulneráveis, mesmo tendo contribuído menos para a crise climática”, completa.

A natureza como aliada

Ferretti ressalta que a adaptação às mudanças envolve não apenas aumentar recursos financeiros, mas também desenvolver bons projetos, novas tecnologias e formar profissionais capacitados a enxergar os territórios com uma lente climática. Nesse contexto, as Soluções Baseadas na Natureza (SBN) são apontadas como alternativas eficazes e sustentáveis.

Entre as iniciativas recomendadas estão a restauração de áreas naturais, o reforço e recuperação de vegetação em encostas, a implantação de telhados verdes, drenagem urbana sustentável e a proteção de ecossistemas como manguezais e recifes de corais. Essas ações, além de reduzir riscos de enchentes, deslizamentos e ilhas de calor, contribuem para a retenção de água no solo, a proteção da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida urbana.

“Restauração da vegetação em áreas degradadas, corredores ecológicos para a biodiversidade e a proteção de florestas, manguezais e recifes de corais trazem enormes benefícios para a vida no planeta”, pontua.

“Devemos usar a própria natureza e os ecossistemas naturais para nos ajudar a reencontrar a sustentabilidade, reencontrar caminhos que nos levem a uma maior qualidade de vida, resiliência das cidades e segurança da sociedade”, completa.

Um exemplo concreto do potencial econômico e ambiental da conservação da natureza está no recente estudo lançado pela Fundação Grupo Boticário em parceria com o Projeto Cazul. A pesquisa revelou que os manguezais brasileiros armazenam 1,9 bilhão de toneladas de dióxido de carbono (CO₂), o que poderia gerar, pelo menos, R$ 48,9 bilhões em créditos de carbono. “Essa é a demonstração de que conservar a natureza é não apenas vital para a adaptação climática, mas também uma oportunidade econômica relevante para o Brasil”, destaca Ferretti.

Oportunidade histórica para o Brasil na COP30 

Com a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro deste ano, em Belém (PA), o Brasil tem a oportunidade de reforçar seu protagonismo ambiental. Para Ferretti, o país reúne atributos únicos para liderar a agenda, conciliando conservação ambiental, mitigação de emissões e adaptação às mudanças climáticas.

“A combinação de biodiversidade, áreas protegidas, matriz energética limpa com potencial de expansão e a possibilidade de retirar carbono da atmosfera por meio da conservação e restauração de ecossistemas confere ao Brasil uma condição estratégica no cenário climático global”, analisa o especialista.

Ele ressalta ainda que, apesar das contradições no uso de recursos naturais e do desafio do desmatamento, o país já oferece soluções que podem inspirar o mundo — dos biocombustíveis às energias renováveis, passando pela agricultura de baixo carbono.

O especialista celebra ainda a crescente participação da sociedade civil e do setor privado nas Conferências do Clima, especialmente nos eventos paralelos às negociações oficiais. “A grande diferença está nessa maior presença dos diversos setores da sociedade no debate climático. Essa pauta, há muito tempo, deixou de ser exclusiva de ambientalistas — e isso é muito positivo para o futuro das políticas climáticas”, conclui.


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