O resultado final da safra 23/24 de tabaco trouxe números positivos para a cadeia. De acordo com dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a produção de tabaco da safra 2023/24 teve o envolvimento de 133 mil famílias da Região Sul do Brasil, um incremento de 6,62% em relação com a safra 2023/22.
“Aumento semelhante observou-se também na área plantada: foram 284.184 mil hectares, incremento de 8,57%. “Nas últimas safras tivemos uma remuneração média mais satisfatória para os produtores, o que acaba estimulando o aumento de área e de produtores que aderem ao cultivo”, comenta Marcílio Drescher, presidente da Associação.
Excesso de chuva causou redução no volume
O excesso de chuvas foi a principal causa da redução do volume da safra, que teve como resultado final 508.041 toneladas, uma diminuição de -16,12% em comparação com a safra 2023/2022. “Também por conta desta redução, o preço médio do tabaco aumentou quase 28%”, comentou o representante dos produtores.
Perspectivas para a safra 2024/2025
“Já estamos com o cultivo encerrando em quase todas as áreas e temos percebido um aumento de área, estimulada pela última remuneração. Em meados de novembro devemos ter alguma previsão sobre a área cultivada e o número de famílias produtoras envolvidas na atividade”, disse Drescher sobre as perspectivas para a safra 2024/2025 que já tem 8,5% do tabaco colhido.
Janela de tempo seco
Nesta segunda metade da semana o tempo seco deve predominar em grande parte da região Sul. Alguns episódios de chuva devem atingir as áreas de serra do Rio Grande do Sul e toda faixa leste dos três estados e pancadas pontuais podem atingir o interior paranaense, mas de uma forma geral as janelas de tempo aberto serão maiores e devem favorecer as atividades em campo.
Exportação de tabaco pode alcançar US$ 3 bilhões em 2024
De acordo com o presidente do SindiTabaco, Valmos Thesing, as exportações vão ficar acima da média se comparada ao último ano em dólares. “Se a tendência se confirmar, podemos superar a marca dos US$ 3 bilhões. É uma demonstração de que nosso sistema integrado está plenamente ativo, gerando renda, empregos e divisas”, comentou.
A projeção da consultoria Deloitte indica queda no volume, entre -15% e -10,1%, e aumento no valor das vendas externas, entre 20,1% e 25%.
Até o momento, segundo o Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC/ComexStat), entre janeiro e setembro foram embarcadas 316 mil toneladas, o que representa uma redução de 114% em relação ao mesmo período de 2023. Já em dólares, foram US$2,03 bilhões embarcados, uma variação positiva de 3,44% se comparado com o ano anterior.
Bélgica, China, Estados Unidos, Indonésia e Egito estão entre os maiores importadores até o momento. Em 2023, o Brasil exportou 512 mil toneladas e US$ 2,729 bilhões para 107 países importadores, com destaque para a União Europeia (42%).
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