Durante os meses de inverno, é comum que algumas regiões do Brasil, especialmente o interior do Sudeste, Centro-Oeste, interior do Nordeste e parte da Região Norte, enfrentem períodos com umidade relativa do ar muito baixa, muitas vezes abaixo dos 30%, o que já representa atenção para saúde e bem-estar da população.
Contudo, mesmo com esses valores críticos, é importante entender que essas condições não configuram um clima desértico – nem meteorologicamente, tampouco em termos de ecossistema ou dinâmica atmosférica.
Clima seco não é clima desértico
Embora os índices baixos de umidade possam ocasionalmente atingir valores semelhantes aos de desertos, o contexto climático do Brasil é totalmente distinto. Veja algumas diferenças fundamentais:

Comparativo: Deserto x Tropical – Fonte: Climatempo
Portanto, mesmo em dias com umidade crítica, o Brasil continua com características de clima tropical ou subtropical, com chuvas abundantes concentradas em outros períodos do ano — diferente dos desertos, que têm clima árido permanente.
Mas, então, por que a umidade baixa exige atenção?
Mesmo que não represente desertificação, a baixa umidade tem efeitos importantes:
• Redução da qualidade do ar;
• Aumento do risco de incêndios florestais;
• Impactos na saúde respiratória, pele e olhos;
• Maior risco para crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas.
Por isso, a Climatempo recomenda cuidados como hidratação constante, umidificação de ambientes e evitar exercícios físicos nas horas mais quentes.
O que esperar nos próximos dias?
As condições de ar seco devem continuar predominando na maioria do país, especialmente no Centro-Oeste, interior de São Paulo e Minas Gerais, durante as tardes. A baixa umidade do ar no inverno brasileiro é um fenômeno conhecido, monitorado e sazonal, com impactos reais à saúde e ao meio ambiente. No entanto, ela ocorre em um contexto climático muito diferente dos desertos e não representa um indicativo de clima árido permanente.