A persistência do tempo firme e a ausência de sistemas meteorológicos capazes de transportar umidade para o interior do país têm mantido o tempo seco em áreas do Centro-Oeste, Sudeste e parte da Região Norte. Estados como Goiás, o Distrito Federal, o norte e noroeste de Minas Gerais e o Tocantins enfrentam um longo período sem chuva significativa, com temperaturas elevadas e índices de umidade do ar frequentemente em níveis críticos.
A região já acumula mais de um mês sem registros de chuva significativa. A persistência de uma massa de ar quente e seca sobre o interior do Brasil mantém o tempo aberto, inibe a formação de nuvens e favorece a elevação das temperaturas. Sem a influência de frentes frias ou outros sistemas que possibilitem o transporte de umidade, a condição atmosférica permanece estável. A tendência é de que a primeira quinzena de agosto siga sem mudanças significativas, com baixa probabilidade de chuva.
Esse cenário reforça o alerta para os impactos do tempo seco. O risco de queimadas segue elevado, especialmente em regiões mais vulneráveis. Além disso, a qualidade do ar nos centros urbanos tende a sofrer queda acentuada, afetando principalmente pessoas com doenças respiratórias, idosos e crianças. Os índices de umidade devem continuar abaixo dos 30% em grande parte da região, podendo atingir níveis inferiores a 20% nas horas mais quentes do dia — o que caracteriza estado de alerta ou até emergência, conforme parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A massa de ar seco que atua sobre a região impede a formação de instabilidades e reforça o predomínio de sol e calor. A ausência de mecanismos atmosféricos capazes de romper esse padrão, como frentes frias ativas ou canais de umidade, mantém a atmosfera estável e sem expectativa de mudanças a curto prazo.