A Climatempo analisa como o furacão Melissa, agora classificado como categoria 5, aliado à influência de La Niña e ao aquecimento do Atlântico Tropical, está alterando profundamente as condições meteorológicas em toda a região do Caribe e do norte da América do Sul, com impactos diretos para a Colômbia, o norte do Brasil e países vizinhos.
Melissa alcança força máxima próximo à Jamaica
De acordo com dados do Centro Nacional de Furacões (NHC) e de agências meteorológicas internacionais, o furacão Melissa alcançou a categoria 5, com ventos sustentados de até 260 km/h, ao se aproximar da Jamaica, colocando diversos países do Caribe em estado de alerta.
Enquanto o sistema avança sobre águas excepcionalmente quentes do Atlântico Tropical, sua interação com o fenômeno La Niña intensifica a instabilidade atmosférica e amplia os riscos climáticos em toda a faixa norte da América do Sul, com reflexos diretos sobre a Colômbia e o norte do Brasil. O fenômeno já é considerado um dos mais intensos da história da região, superando registros anteriores de sistemas que afetaram a ilha nas últimas décadas.
De acordo com o NHC, o centro do furacão se encontrava a cerca de 210 km a sudoeste de Kingston e 500 km da Baía de Guantánamo, em Cuba, nas primeiras horas do dia. A previsão indica chuvas que podem superar um metro de acumulado em algumas áreas da Jamaica, Haiti e República Dominicana, com marés ciclônicas de até quatro metros e risco elevado de inundações e deslizamentos de terra.
Autoridades jamaicanas determinaram evacuações em áreas costeiras e o fechamento de portos e aeroportos, enquanto o governo local abriu abrigos temporários em todo o país. O ministro do Governo Local, Desmond McKenzie, reforçou que “não se pode apostar contra o Melissa”, em referência à rápida intensificação do sistema.
Efeitos interligados: Caribe, Colômbia e norte do Brasil
Embora a Jamaica e os demais países caribenhos estejam sob os impactos diretos, os efeitos de Melissa se propagam para além da rota do furacão.
O sistema interage com o aquecimento anômalo do Atlântico tropical e a presença de La Niña no Pacífico, condição oficialmente reconhecida pela NOAA, criando um cenário meteorológico interconectado que afeta toda a faixa tropical da América do Sul.
As mesmas anomalias de temperatura da superfície do mar que favoreceram a formação de Melissa também intensificam a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) — principal responsável pelo regime de chuvas na Amazônia, norte do Brasil e Colômbia.
Com isso, as próximas semanas devem registrar chuvas mais intensas e frequentes em áreas da Colômbia, especialmente nas regiões de La Guajira, Magdalena e no arquipélago de San Andrés e Providencia, com potencial para ressacas, ventos fortes e aumento do nível do mar.
Monitoramento regional com tecnologia Climatempo
Com presença e integração de dados meteorológicos internacionais, a Climatempo utiliza modelos proprietários e inteligência meteorológica regional para antecipar impactos climáticos e oferecer suporte a operações nos setores de energia, transporte, agricultura, infraestrutura e offshore.
As previsões para a Colômbia são produzidas com o mesmo rigor científico aplicado às análises no Brasil, garantindo alertas antecipados, cenários de risco e recomendações personalizadas para empresas que atuam em áreas vulneráveis.
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