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Clima e Previsão do Tempo

Climatempo analisa o furacão Melissa. Acompanhe o histórico.

Furacão Melissa ganhou velocidade e segue sobre as Bahamas devendo passar muito próximo das Bermudas no decorrer desta quinta-feira, 30 de outubro. Alertas em Cuba e na Jamaica já foram descontinuados.

Redação

27/10/2025 às 14:45

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Imagem da notícia Climatempo analisa o furacão Melissa. Acompanhe o histórico.
Furacão Melissa avançava sobre a Bahamas na noite de 29/10/25

A Climatempo acompanha os impactos do furacão Melissa, que atingiu em 27/10/25 a categoria 5, o grau mais alto da escala Saffir-Simpson, que mede a força dos furacões na bacia do Atlêntico Norte. O fenômeno La Niña, caracterizado pelo resfriamento da porção central e leste do Pacífico Equatorial, aliado ao aquecimento do Atlântico Tropical, está alterando profundamente as condições meteorológicas em toda a região do Caribe e do norte da América do Sul, com impactos diretos para a Colômbia, o Norte do Brasil e países vizinhos.

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Furacão Melissa – atualização das 21 UTC de 29/10/25

Após passar como um furacão extremamente potente sobre a Jamaica e pelo leste de Cuba, Melissa avançava sobre a região central das Bahamas no final da tarde desta quarta-feira, 29 de outubro de 2025. Os alertas de furacão e de tempestade tropical já foram descontinuados pelos governos de Cuba e da Jamaica.
O furacão Melissa já entrou para a história da meteorologia mundial. Segundo a Organização Meteorológica Mundial, Melissa foi o furacão mais intenso a passar sobre a Jamaica em 174 anos de observações.
Estamos no auge da temporada de furacões do Atlântico Norte, mas este ano, a água do mar na região do Caribe está mais quente do que o normal, o que estimula ainda mais a formação das tempestades. Furacões são intensas áreas de instabilidade giratórias, que se organizam sobre regiões oceânicas quentes. O monitoramento dos furacões no Atlântico Norte tem início em junho e segue até o fim de novembro, coincidindo com o verão e o outono no hemisfério Norte.

Melissa acelerou e segue para as bermudas

De acordo com o boletim informativo do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), às 21 UTC (18 horas em Brasília), o centro do furacão Melissa estava a 130 km a sudeste da região central das Bahamas. Seus ventos constantes estavam em torno de 150 km/h, com rajadas mais intensas. Melissa ganhou velocidade e se deslocava com 26 km/h na direção nordeste. A pressão mínima no centro da tempestade estava em 974 hPa. No seu auge, na manhã do dia 28 de outubro de 2025, Melissa era um furacão de categoria 5, a mais intensa na escala que mede a força dos furacões, com pressão mínima de 892 hPa e ventos sustentados de 295 km/h. Essa foi a terceira menor pressão atmosférica de um furacão no Atlântico Norte.
A previsão do NHC é de que, mantendo a velocidade e a direção, o centro de Melissa vai passar sobre o sudeste da região central das Bahamas na noite desta quarta-feira,29, e depois, durante a quinta-feira, 30 de outubro, muito próximo do oeste das Bermudas, que são um território ultramarino britânico.

Furacão Melissa avançava sobre a Bahamas na noite de 29/10/25

Furacão Melissa avançava sobre a Bahamas na noite de 29/10/25 (Fonte: NOAA – GOES 19)

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Furacão Melissa – atualização das 21 UTC de 28/10/25

No começo da tarde de 28 de outubro de 2025, o olho do furacão Melissa passou sobre a Jamaica com categoria 5, a mais alta na escala Saffir-Simpson que mede a força dos furacões no Atlântico Norte, com ventos de 295 km/h e rajadas mais intensas além da chuva torrencial. Simulações atmosféricas de previsão de precipitação indicaram de 100 mm a 160 mm durante esta terça-feira na parte oeste da Jamaica. Inundações severas e repentinas e deslizamentos de terra estavam sendo previstos por causa da chuva torrencial provocada por este furacão. A Organização Meteorológica Mundial está considerando Melissa o pior furacão na região da Jamaica em 174 anos de observações.

Melissa avança para Cuba e Bahamas com categoria 4

Após passar sobre a Jamaica, Melissa teve um ligeiro enfraquecimento e decaiu para a categoria 4. Mesmo assim, vai continuar sendo um furacão perigosíssimo na região do Caribe pelo menos por mais 48 horas.
De acordo com as projeções do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), o centro do furacão Melissa deve passar pelo sudeste de Cuba entre a noite desta terça-feira, 28 de outubro, e a madrugada da quarta-feira, 29, avançando depois para as regiões centrais ou sudeste das Bahamas. O furacão Melissa deve atingir a região das Bermudas durante a quinta-feira, 30 de outubro.
De acordo com o boletim informativo do NHC das 21 UTC de 28/10/25 (18 horas, em Brasília), o furacão Melissa estava com ventos sustentados de 230 km/h, com rajadas mais intensas, movendo-se para norte/nordeste com 13 km/h. A pressão mínima no centro da tempestade aumentou para 921 hPa. O aumento da pressão atmosférica no centro de um furacão é um dos parâmetros que indicam o enfraquecimento da tormenta.

Histórico do furacão Melissa

  • Melissa é o furacão mais intenso a atingir a Jamaica em 174 anos
    No máximo de sua força, os ventos sustentados chegaram a 295 km/h
    Melissa está sendo considerado o terceiro furacão com menor nível de pressão já registrado na bacia do Atlântico Norte. A pressão mínima no centro do furacão chegou a 892 hpa na manhã de 28/10/25
    O furacão Melissa passou sobre a Jamaica com categoria 5

Acompanhe a evolução do furacão Melissa a partir do dia 21 de outubro de 2025 quando se tornou uma tempestade tropical. O estágio de tempestade tropical é o que vem imediatamente antes de um furacão. Nem todas as tempestades tropicais se transformam em furacão.

21/10/25, 15 UTC (12h BRT): a décima terceira tempestade tropical da temporada 2025 de furacões do Atlântico Norte se forma e é batizada de Melissa, que se manteve como tempestade tropical e ventos máximos sustentados de até 85 km/h até o fim da manhã de 25/10/25
25/10/25, 15 UTC (12h BRT): vento sustentados aumentam para 110 km/h e Melissa é quase um furacão;
25/10/25, 18 UTC (15 h BRT): a tempestade tropical Melissa se transforma em furacão, com ventos
sustentados de 120 km/h; a previsão já indicava um rápido fortalecimento do furacão;
26/10/25, 03UTC (00h BRT de 26/10/25): furacão Melissa alcança categoria 3, na escala Saffir-Simpson, com ventos sustentados de 185 km/h;
26/10/25, 06UTC (3h BRT): Melissa permanece na categoria 3, com ventos sustentados de 195 km/h e rajadas maiores, conforme medição de um avião caça-furacões da força aérea dos Estados Unidos;
26/10/25, 9 UTC (6h BRT): furacão Melissa passa para categoria 4, com ventos sustentados de 220 km/h; o olho do furacão está a 195 km de Kingston, capital da Jamaica;
26/10/25, 21 UTC (18h BRT): o furacão Melissa ainda está na categoria 4, com ventos sustentados de 230 km/h e previsão de intensificação;
27/10/25, 9 UTC (6h BRT): furacão Melissa alcança a categoria 5; um avião de reconhecimento da força aérea dos Estados Unidos mede ventos sustentados de 260 km/h e pressão atmosférica mínima de 917 hPa;
27/10/25, 18 UTC (15h BRT): avião de reconhecimento sobrevoa o furacão Melissa e mede vento sustentados de 280 km/h, com pressão atmosférica mínima de 906 hPa;
28/10/25 13 UTC (10h BRT): avião de reconhecimento sobrevoa o furacão Melissa e mede ventos sustentados de 290 km/h e pressão atmosférica mínima no seu centro de 896 hPa (quanto mais baixa a pressão atmosférica no centro de um furacão, mais intenso são seus ventos);
28/10/25 14 UTC (11h BRT): a pressão mínima no centro de Melissa atinge 892 hpa e os ventos sustentados alcançam 295 km/h, conforme medição em sobrevoo de um avião de reconhecimento da força aérea dos Estados Unidos. Esse foi o pico do furacão Melissa.
28/10/25 15 UTC (12h BRT): Melissa é um furacão de categoria 5 e avança para Jamaica. Seu olho está a 60 km de Negril;
28/10/2518 UTC (15h BRT): o olho do furacão Melissa passa sobre o Oeste da Jamaica com ventos de 270 km por hora (categoria 5);
28/10/25-21 UTC (18h BRT): Melissa caiu para categoria 4, com ventos sustentados de 230 km/h e pressão mínima no centro de 921 hPa. O centro do furacão estava a 20 km a leste da baía de Montego, na Jamaica, e a 325 km a sudoeste de Guantánamo, em Cuba;

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Furacão Melissa – atualização das 12h30 BTT de 28/10/25

Olho de Melissa avança para Jamaica

O boletim técnico do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), das 15 UTC de 18/10/25 (12 horas, em Brasília) informou que o olho do furacão Melissa avançava para a Jamaica, com previsão de tocar o solo jamaicano no decorrer da tarde desta terça-feira e continue se movimentando sobre a porção sudeste de Cuba nesta quarta-feira, 29 de outubro de 2025. Meslissa permanece com um furacão extremamente perigoso, ainda classificado como de categoria 5, o grau mais alto da escala Saffir-Simpson, que mede a força dos furacões na bacia do Atlântico Norte, colocando diversos países do Caribe em estado de alerta máximo.
De acordo com o NHC, às 15 UTC de 28/10/25 (12 h, em Brasília), o centro do furacão estava a 60 km de a sudeste de Negril, na Jamaica, e a cerca de 380 km à sudoeste de Guantánamo, em Cuba. Os ventos sustentados de Melissa aumentaram para 295 km/h e a pressão mínima no centro da tormenta era de 892 hPa. Com este nível de pressão atamosférica, Melissa já é o terceiro furacão com pressão mais baixa da história da bacia do Atlântico Norte.

Olho do furacão Melissa estava a 60 km da Jamaica às 15 UTC (12h em Brasília) de 28/10/25)

Olho do furacão Melissa estava a 60 km da Jamaica às 15 UTC (12h em Brasília) de 28/10/25)

Chuvas catastróficas

As projeções do volume de chuva gerado pelo furacão Melissa são muito impressionantes, com potencial para enchentes e deslizamentos de terra catastróficos não apenas na Jamaica, onde devem ocorrer os maiores acumulados de chuva, mas sobre parte de Cuba, do Haiti e da República Dominicana. A fragilidade, a falta de estrutura destes países e os problemas econômicos serão fatores agravantes na destruição esperada com a passagem do já histórico furacão Melissa.

O mapa abaixo mostra a projeção dos volumes de chuva (coluna da direita na tabela, volumes em milímetros) para o período de 48 horas entre 9 horas (Brasília) do dia 28 de outubro até 21 horas (Brasília) de 30 de outubro de 2025. Para a porção central da Jamaica, a previsão é de que chova de 500 mm a 750 mm nestas 48 horas. Para comparação, a tragédia de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, no carnaval de 2023, foi causada por cerca de 680 mm em 24 horas.

Previsão do volume de chuva do furacão Melissa entre 9h de 28/10/25 e 21h de 30/10/25 (hora de Brasília)

Previsão do volume de chuva do furacão Melissa entre 9h de 28/10/25 e 21h de 30/10/25,,hora de Brasília. (Fonte: NHC/NOAA)

Enquanto o sistema avança sobre águas excepcionalmente quentes do Atlântico Tropical, a interação com o fenômeno La Niña intensifica a instabilidade atmosférica e amplia os riscos climáticos em toda a faixa norte da América do Sul, com reflexos diretos sobre a Colômbia e o Norte do Brasil. O fenômeno já é considerado um dos mais intensos da história da região, superando registros anteriores de sistemas que afetaram a Jamaica nas últimas décadas.

Autoridades jamaicanas determinaram evacuações em áreas costeiras e o fechamento de portos e aeroportos, enquanto o governo local abriu abrigos temporários em todo o país. O ministro do Governo Local, Desmond McKenzie, reforçou que “não se pode apostar contra o Melissa”, em referência à rápida intensificação do sistema.

Efeitos interligados: Caribe, Colômbia e Norte do Brasil

Embora a Jamaica e os demais países caribenhos estejam sob os impactos diretos, os efeitos de Melissa se propagam para além da rota do furacão.
O sistema interage com o aquecimento anômalo do Atlântico Tropical e a presença de La Niña no oceano Pacífico Equatorial, condição oficialmente reconhecida pela NOAA, criando um cenário meteorológico interconectado que afeta toda a faixa tropical da América do Sul.
As mesmas anomalias de temperatura da superfície do mar que favoreceram a formação do Melissa também intensificam a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) — principal responsável pelo regime de chuvas na Amazônia, no Norte do Brasil e Colômbia.
Com isso, as próximas semanas devem registrar chuvas mais intensas e frequentes em áreas da Colômbia, especialmente nas regiões de La Guajira, Magdalena e no arquipélago de San Andrés e Providencia, com potencial para ressacas, ventos fortes e aumento do nível do mar.

Monitoramento regional com tecnologia Climatempo

Com presença e integração de dados meteorológicos internacionais, a Climatempo utiliza modelos proprietários e inteligência meteorológica regional para antecipar impactos climáticos e oferecer suporte a operações nos setores de energia, transporte, agricultura, infraestrutura e offshore.
As previsões para a Colômbia são produzidas com o mesmo rigor científico aplicado às análises no Brasil, garantindo alertas antecipados, cenários de risco e recomendações personalizadas para empresas que atuam em áreas vulneráveis.

Acompanhe a temporada de furacões e os impactos no caribe colombiano com a Climatempo.
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