Entre maio e julho de 2025, a cidade de São Paulo registrou 148 raios do tipo nuvem-solo, de acordo com dados da Climatempo. Isso representa um aumento de mais de 360% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 32 descargas. A maior parte delas ocorreu em junho (97) e maio (51), meses tradicionalmente secos e com baixa atividade elétrica.
Esse comportamento fora do padrão climático levanta preocupações importantes para os setores de energia e infraestrutura, que dependem de previsibilidade para garantir a continuidade de serviços, execução de obras e segurança de ativos.
“Essa concentração de raios em um período em que normalmente não há atividade elétrica desse tipo indica uma mudança importante na distribuição dos eventos atmosféricos extremos”, explica Ana Clara Marques, meteorologista da Climatempo. “Os sinais de desorganização do ciclo sazonal podem antecipar uma temporada de chuvas mais intensa ou irregular, o que exige atenção desde já por parte de setores estratégicos”, reforça Ana.
O que esperar da temporada de chuvas de 2025?
A estação chuvosa, que costuma se intensificar entre setembro e novembro, pode apresentar:
• Maior frequência de raios e tempestades localizadas;
• Aumento de rajadas de vento e granizo;
• Deslocamento ou concentração de eventos extremos em curtos períodos.
Impacto direto no setor elétrico:
Para o setor de energia, essas alterações impõem riscos crescentes à rede de distribuição, subestações e transformadores.
“A antecipação de tempestades elétricas fora do padrão sazonal acende um sinal claro para o setor: não basta saber que vai chover, é preciso entender como, onde e com que intensidade os impactos ocorrerão. O aumento expressivo na atividade de raios exige estudos mais profundos sobre sua severidade e uma preparação mais inteligente da rede elétrica, tanto de distribuição quanto de transmissão. Identificar as regiões e os tipos de tempestades com maior risco de interrupção é um passo fundamental para orientar investimentos, proteger ativos e garantir resposta rápida em campo.”, afirma Vitor Hassan, Head Comercial de Energia da Climatempo.
Infraestrutura em obras e operações também é afetada:
Empreendimentos de engenharia civil, saneamento, transporte e telecomunicações são igualmente sensíveis a mudanças climáticas.
“Obras e outras operações a céu aberto que antes seguiam cronogramas estáveis, hoje enfrentam paralizações, danos e riscos operacionais crescentes pela instabilidade do clima. Planejar apoiado somente em comportamento médio é um risco muito grande. É necessário antecipar o comportamento esperado para planejar e acompanhar a evolução das condições para proteger e otimizar o trabalho em campo e a execução dos projetos.”, reforça Thiago Aires, Head Comercial de Infraestrutura da Climatempo.
Como a Climatempo atua apoiando às empresas?
Diante da crescente imprevisibilidade climática e da frequência de eventos extremos fora de época, empresas que atuam em setores sensíveis ao clima, como energia e infraestrutura, têm buscado apoio especializado para integrar a variável climática em seus processos decisórios.
Nesse cenário, a Climatempo atua como parceira estratégica, oferecendo estudos e ferramentas que transformam dados meteorológicos em informações aplicáveis à operação, manutenção, investimentos e segurança. O estudo de caracterização climática da Climatempo fornece um panorama técnico e estratégico com:
• Dados históricos de extremos climáticos na localidade do cliente;
• Projeções de longo prazo com base em cenários de mudança climática;
• Avaliação de impacto por setor e recomendações específicas para adaptação e planejamento;
• Monitoramento e alertas de eventos extremos.
Incorporar esse tipo de inteligência climática ao planejamento de obras e redes de energia permite mitigar riscos operacionais, antecipar falhas críticas e fortalecer a resiliência das operações, especialmente em um contexto de mudanças rápidas e não-lineares do clima.
Além de apoiar o desenvolvimento de planos de contingência, realocação de recursos e definição de prioridades de manutenção, os diagnósticos ajudam empresas a dialogar com agências reguladoras, seguradoras e stakeholders estratégicos com base em evidência técnica.
Incorporar esse tipo de inteligência climática ao planejamento de obras e redes de energia permite mitigar riscos, evitar prejuízos e tomar decisões embasadas, diante de um cenário climático cada vez mais volátil.
Conheça o Sistema de Monitoramento e Alerta Climatempo (SMAC)