Texto por: Vitor Takao, meteorologista da Climatempo
O último fim de semana de julho será de tempo instável na faixa leste do Nordeste. Em todo o corredor que percorre o litoral da Bahia até o Rio Grande do Norte, a atuação dos ventos que sopram do oceano em direção ao continente — carregados de umidade — continua favorecendo a formação de nuvens carregadas e pancadas de chuva ao longo dos próximos dias.
O sábado (26) e o domingo (27), serão instáveis, já nas capitais, Salvador e Aracaju, Recife e João Pessoa, com episódios de chuva forte. Os volumes podem ser localmente elevados, aumentando o risco para transtornos, como eventuais alagamentos em regiões mais vulneráveis.
Nas demais áreas do litoral nordestino, incluindo Alagoas e Rio Grande do Norte, o padrão de instabilidade também se mantém. A chuva, nesses estados, ocorre de forma mais localizada, variando entre fraca a moderada intensidade. Apesar da nebulosidade e da chuva, as temperaturas seguem relativamente elevadas durante as tardes, mantendo a sensação de tempo mais abafado durante o período. O sol ainda pode aparecer em vários momentos entre um episódio de chuva ou outro.
Interior muito mais quente e seco
Enquanto a costa leste do Nordeste segue sob influência da umidade oceânica, o interior da região enfrenta um cenário oposto. O tempo seco segue ganhando força em áreas do sertão e do agreste, com predomínio de sol e poucas nuvens. As temperaturas seguem elevadas ao longo do dia, e a combinação de calor intenso com ausência de chuva resulta em baixos índices de umidade relativa do ar, especialmente durante as tardes.
Em algumas localidades, os valores podem ficar abaixo dos 30%, com risco de entrarem em situação de atenção ou até mesmo de alerta, conforme os critérios da Organização Mundial da Saúde. Esse cenário exige cuidados com a hidratação e a saúde respiratória da população.
A expectativa é de que esse padrão atmosférico siga até o início da próxima semana. A circulação de ventos marítimos vai continuar mantendo o tempo instável, e as pancadas devem continuar se espalhando sobre parte da costa leste nordestina.