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Atlântico contra o Nordeste

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As variações de temperatura dos oceanos são um dos principais determinantes e reguladores do Clima numa região. No Brasil, a temperatura do oceano Atlântico Sul tem forte influência no clima. Dependendo de como está a temperatura das águas que banham a costa do Sul e do Sudeste, as frentes frias conseguem ter maior ou maior deslocamento alcançando o Espírito Santo ou sendo bloqueadas entre o Paraná e São Paulo, por exemplo.

No caso do Nordeste, o clima é dependente da temperatura do Atlântico Sul, que banha a costa leste da Região, entre o leste do Rio Grande do Norte e sul da Bahia, mas também de como se comporta a temperatura do Atlântico Norte, que banha a região entre o litoral norte do Rio Grande do Norte e o Maranhão.

Um dos principais sistemas meteorológicos de atuação global que traz chuva para o Nordeste é a ZCIT – Zona de Convergência Intertropical – região de grande concentração de nuvens de chuva convectiva que se organiza na faixa equatorial, na convergência dos ventos Alísios.

 

Gangorra térmica equatorial

É o balanço térmico na região equatorial entre as águas do Atlântico Norte e do Atlântico Sul que movimenta a ZCIT. As bandas de nuvens carregadas se deslocam para a região onde as águas estão mais quentes.

Podemos ter várias situações desta gangorra térmica: Atlântico Norte mais quente do que o Atlântico Sul, Atlântico Sul mais quente do que o Atlântico Norte e também a situação de neutralidade, sem diferença relevante entre a temperatura do Atlântico Norte e do Atlântico Sul. Quando as porções equatoriais norte e sul do Atlântico estão com temperaturas diferentes forma-se um dipolo.

 

 

 

A temperatura das águas do Atlântico Norte também pode estar semelhante à do Atlântico Sul. Nesta situação, as duas porções do Atlântico na faixa equatorial podem estar mais quentes do que a média normal ou mais frias do que a média.

 

Durante o ano de 2014 notou-se que, na média, o Atlântico Norte ficou mais quente do que o Atlântico Sul. Esta situação ainda está sendo observada em 2015.

Confira entrevista com a meteorologista Patricia Madeira que explica como o dipolo do Atlântico interfere no período mais chuvoso do norte do Nordeste.

 

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