Alerta contra dengue, chikungunya e zika aumenta com a chegada do verão

10/01/2017 às 11:00
por Maria Clara Machado

Atualizado 17/01/2017 às 10:45

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Clima se torna ideal para a proliferação do Aedes aegypti
Com a entrada do verão o temor de uma nova epidemia de dengue, chikungunya e zika já começa a aumentar. O mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças, encontra no Clima quente e úmido as condições ideais para seu desenvolvimento. Por isso, toda a atenção é pouca e a força-tarefa é eliminar os criadouros.


Curiosidade sobre a dengue, chikungunya e zika... 


Você sabia que o ovo do mosquito transmissor das doenças pode ficar até um ano só esperando a água acumulada da chuva para se desenvolver? 

O calor, a umidade alta e os dias consecutivos de chuva, muito característicos do verão, são determinantes para a proliferação do mosquito Aedes aegypti e a incidência de casos de dengue, chikungunya e zika vírus. Qualquer recipiente, mesmo com pouca água, pode virar um criadouro do mosquito, alertam pesquisadores e os agentes do Ministério da Saúde. 

Quem já teve dengue, chikungunya ou zika, ou conhece alguém, sabe que sintomas como as dores no corpo são terríveis e que você pode sofrer com os efeitos da doença por meses até se recuperar totalmente.

Então não seria mais simples prestar atenção nos possíveis focos que podem estar perto de você?


O LIRAa no combate ao Aedes aegypti 


Desde 2003, o Ministério da Saúde realiza o LIRAa: levantamento rápido de índices para Aedes aegypti.


Os agentes de saúde fazem visitas aos moradores com regularidade e conseguem uma amostragem do município. Com essa metodologia, é possível saber a porcentagem de Aedes nos bairros e quais os tipos de depósitos que estão gerando os focos do mosquito. 


No mapeamento do LIRAa de 2016, a Região Nordeste apareceu disparada em primeiro lugar com grande quantidade de criadouros de Aedes aegypti por armazenamento inadequado de água.

No Norte, o maior foco das larvas do mosquito vem do lixo acumulado. Confira a seguir os principais criadouros do Aedes aegypti separados por Região no Brasil:


O mosquito e a grande preocupação com a microcefalia 


O alto índice de casos de microcefalia registrados no Nordeste em 2015/2016 deixou o país em alerta com o vírus da zika e reforça a importância da mobilização da população ser constante este ano para eliminar os focos do mosquito.

O Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos já confirmaram a relação entre o vírus zika e a microcefalia. Já se sabe que o maior risco para a gestante é nos três primeiros meses de gravidez e as investigações sobre o tema continuam.


Tudo sobre a dengue, chikungunya e zika 

 

Este ano, o Ministério da Saúde faz um apelo a cada cidadão para que o combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika faça parte do dia a dia. O desafio é você criar o hábito e verificar uma vez por semana seu imóvel, os arredores, o local de trabalho, alertar o vizinho...

Qualquer sinal de lixo amontoado, garrafas, pratinhos e vasos de planta, ou outro objeto que possa acumular água, deve ser totalmente eliminado. Outra atitude importante é redobrar os cuidados com a limpeza de caixas d’água, piscinas e calhas de telhado.


Informações detalhadas do que é a dengue, a chikungunya e a zika, os principais sintomas e os tratamentos adequados para cada doença estão bem fáceis de serem acessadas e compartilhadas no site do Ministério da Saúde.


Prevenção é a palavra de ordem no combate ao mosquito Aedes aegypti neste verão.
Avise seus vizinhos se perceber algo errado e não deixe a água parada!

Se você conhece alguém que já teve dengue, chikungunya ou zika conte pra gente. Compartilhe também o que está fazendo para afastar o mosquito!