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06/06/2016 às 15:49
por Josélia Pegorim
Atualizado 06/06/2016 às 19:05
Os estados de São Paulo, Paraná e de Mato Grosso do Sul estão vivendo um fim de outono completamente atípico. Numa época em já se observam, e até se deseja, dias com sol e tempo seco, a terra está encharcada e os rios transbordam de tanta chuva.
A chuva de maio de 2016 ficou muito acima do normal e junho começou ainda mais surpreendente. Do dia 1 até 9 horas do dia 6 de junho,o total de chuva acumulado superou a média na maioria das áreas de São Paulo, no sul de Minas Gerais e também no Rio De Janeiro.
A média de chuva para junho é baixa, pois é um mês de seca, de pouca chuva. Assim, volumes de 100m a 150 mm acumulados em apenas 6 dias, como ocorreu em São Paulo, representam duas a três vezes mais chuva do que o normal para junho.
Os mapas mostram a anomalia (diferença em relação à média) de chuva para e maio e junho na Região Sudeste e no Sul. Os tons em azul indicam anomalia positiva, isto é, mais chuva do que o normal.
Chuva é sempre bem vinda, muitos vão pensar, mas não se ela vem em excesso e no lugar errado. Se só a chuvarada deste início de junho tivesse caído no Espírito Santo, no norte de Minas Gerais, em Brasília ou na Bahia, teria dado um alívio na seca e no calor. Mas a chuvarada caiu em áreas que há estavam encharcadas e agora a chuva está causando prejuízos para a agricultura e nas cidades.
Como explicar tanta chuva?
O El Niño já não pode ser culpado pelo excesso de chuva em maio ou em junho. No fim de semana, o fenômeno praticamente não existia mais. Mas as águas do oceano Atlântico Sul, na costa da Região Sudeste, estavam quentes demais em abril e aí está a principal causa da chuvarada de outono fora de hora em Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, e agora no começo de junho, também no centro-sul de Minas e no Rio de Janeiro.
Anomalia da temperatura da água do mar entre 17 de abril e 14 de maio de 2016. Os tons de alaranjado indicam anomalia positiva, isto é, temperatura acima da média.
A explicação para o chuva excessiva está no aquecimento anormal da água mais do litoral da Região Sudeste .Além disso, a circulação de ventos sobre o Brasil vem trazendo o ar úmido e quente da Região Norte para São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, o que também contribui para a formação de mais nuvens e chuva.
Mas as águas do oceano Atlântico Sul na costa do Sudeste esfriaram no fim de maio e a chegada de uma forte onda de frio nos próximos dias vai provocar uma forte queda da temperatura. Com o esfriamento do ar e do mar vão diminuir a instabilidade.
Anomalia da temperatura da água do mar entre 8 de maio e 4 de junho de 2016. Os tons de alaranjado indicam anomalia positiva, isto é, temperatura acima da média.
O meteorologista Alexandre Nascimento explica como as águas quentes do litoral da Região Sudeste ajudaram a aumentar a chuva em São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul e qual a perspectiva para julho.
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