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    Entenda porque esquentou

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    4 min de leitura

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    Por que esquentou?

    A grande elevação da temperatura que ocorreu no início da segunda quinzena de outubro de 2016 está diretamente relacionada com a diminuição da chuva e da nebulosidade. O aumento do calor foi especialmente sentido nos estados do Sudeste, do Centro-Oeste e do Sul. No Nordeste, o calor de 40°C vem sendo registrado há varias semanas em locais do Piauí e do Maranhão.

    A culpa para o grande aquecimento deve ser colocada sobre um grande sistema de alta pressão atmosférica que ganhou força e se estabeleceu sobre o interior do Brasil desde o dia 15 de outubro. Isto não é nenhuma situação meteorológica excepcional, pois já ocorreu muitas outras vezes e em diferentes épocas do ano.

     

    A intensificação do sistema de alta pressão fez com que o ar ficasse mais seco. A diminuição da umidade do ar reduziu a capacidade da atmosfera de produzir grandes nuvens e chuva. O intenso calor até produziu algumas pancadas de chuva nos últimos dias sobre o Sudeste e o Centro-Oeste, mas em pequenas áreas. Com a forte atuação do sistema de alta pressão nos últimos dias, a atmosfera não tem conseguido formar e organizar grandes áreas de nuvens carregadas, que podem se deslocar e provocar muita chuva.

     

    O calor do começo da segunda quinzena de outubro, a combinação da falta de chuva, a diminuição da nebulosidade e a falta de ventos frios de origem polar, colaboraram para a elevação da temperatura especialmente no Sul e no Sudeste. Chuva, ventos e nebulosidade são reguladores naturais da temperatura. A chuva e o vento refresca o ar. A nebulosidade em excesso ajuda a aumentar a temperatura e a sensação de abafamento.  O que aconteceu nos últimos dias foi que ficamos sem os fatores naturais que dificultam o grande aquecimento do ar.

     

    Os mapas mostram a projeção da temperatura máxima no Brasil no período de 20 a 25 de outubro de 2016. A mancha rosa indica temperaturas de 38°C a 40°C. O calor diminui nos próximos dias. O sistema de alta pressão enfraquece, o que vai permitir o aumento da chuva.

     

      

    Mas é preciso lembrar que situações como a desta semana, com pouca chuva e muito calor ainda poderão ocorrer outras vezes no decorrer da primavera e no verão. Os dias de calor estão apenas começando.

     

    Calor está com as horas contadas

    O Instituto Nacional de Meteorologia mediu 41,4°C em Porto Murtinho, o local mais quente no país até às 16 horas desta quarta-feira (19). A partir desta quinta-feira (20), a temperatura começa a baixar em Santa Catarina, no Paraná e no oeste e no sul de Mato Grosso do Sul, onde o termômetro tem batido nos 41°C desde segunda feira (17), na cidade de Porto Murtinho.

     

    Uma frente fria avança sobre o Sul durante a quinta-feira (20), e chega ao litoral de São Paulo e depois na sexta-feira (21), passa pelo litoral do Rio De Janeiro. Mesmo fraca, esta frente fria vai ajudar aumentar a nebulosidade e as condições para chuva nos próximos dias sobre muitas áreas do Sudeste e no Centro-Oeste, o que vai reduzir o calor. As temperaturas começam a voltar ao padrão normal com o aumento da chuva e da entrada de um pouco de ar polar.

     

    Na próxima semana, a maioria das áreas do Sudeste, do Centro-Oeste e do Norte do Brasil terá muitas nuvens e pancadas de chuva frequentes. O Sul e o Nordeste ficam com pouca ou nenhuma chuva.

     

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