ASAS ganha força e avança para o BR

26/01/2017 às 16:53
por Josélia Pegorim

Atualizado 27/01/2017 às 14:47

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Veja como será o efeito na chuva

A Alta Subtropical do Atlântico Sul, sistema de alta pressão atmosférica conhecido como ASAS, é um dos grandes sistemas de alta pressão permanentes da circulação geral da atmosfera.

Este sistema se movimenta sobre o oceano Atlântico Sul entre o Brasil e a África. As condições do tempo e Clima especialmente no Sudeste e no Nordeste do Brasil dependem muito da intensidade e da posição da ASAS.

 

ASAS é a vilã dos verões?

 

Como todo o sistema de alta pressão atmosférica, a Alta (pressão) Subtropical do Atlântico Sul causa a subsidência do ar, um movimento de cima para baixo que é o contrário do que se precisa para que as nuvens cresçam e possam virar nuvens de chuva. Assim, quando uma região de está sob influência de uma alta pressão, a nebulosidade diminui, as nuvens ficam pequenas, o ar fica mais seco e as condições para chuva diminuem muito.

 

Entenda o que é subsidência do ar

 

Quando o centro da ASAS fica próximo da costa de parte do Sudeste e do Nordeste, em geral entre o Rio De Janeiro e o sul da Bahia muitas áreas do Sudeste, do Nordeste e também parte do Centro-Oeste sentem a mudança no tempo. Com a diminuição da nebulosidade e da chuva, o número de horas de sol forte aumenta e os dias ficam mais quentes.

Nestes últimos dias de janeiro de 2017, o centro da ASAS se intensifica e volta a se aproximar do Brasil. Os mapas abaixo mostram a previsão da circulação dos ventos e da pressão no nível de 500 hPa (cerca de 6 mil metros de altitude) feitas pelo modelo de simulação atmosférica GFS - Global Forecast System (NOAA/EUAA). Os valores de geopotencial previstos de 5925 mgp (metros de altura geopotencial) e de 5950 mgp são muito elevados e não costumam ocorrer nesta época.

 

 

 

Alta pressão x baixa pressão

 

 

 

O mapa de estimativa da chuva para o período de 27 a 31 de janeiro de 2017 evidencia a redução da chuva esperada para o período de maior força da ASAS sobre o Brasil. O tom de vermelho- terra representa volumes de chuva baixos, que não ultrapassam 30 mm acumulados em cinco dias.

 

 

A meteorologista Josélia Pegorim comenta sobre os efeitos da ASAS no Brasil no fim de janeiro de 2017.

 

 

 

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