Últimas buscas

Você não tem nenhuma busca recente.
    1. Clima e Previsão do Tempo
    2. / Notícias
    3. / A Previsão de clima para o século XXI

    Últimas buscas

    Você não tem nenhuma busca recente.
    Ícone de alerta
    Alerta anterior Próximo alerta Fechar alerta

    A Previsão de clima para o século XXI

    Compartilhar Compartilhe no Whatsapp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter

    3 min de leitura

    Oferecido por

    Em agosto de 2008, os agrônomos que prestavam atenção nas previsões de Clima de longuíssimo prazo fizeram um belo trabalho: “Aquecimento Global e a Nova Geografia da Agricultura no Brasil”.

     

    Eles fizeram previsões do que poderia ocorrer com a agricultura do país dentro dos cenários descritos pelo IPCC. O primeiro marco é para 2020. Como os dados iniciais são de 2006, já temos uma ideia se o que eles previram se concretizou nestes 10 anos que se passaram.

    Bem antes disso, em 2000, Siqueira havia detectado uma tendência climática, publicada na Revista Brasileira de Meteorologia.

     

    Para a cultura da soja, os cenários climáticos decorrentes dos aumentos da concentração de CO2 na atmosfera não apresentam efeitos negativos, registrando-se um aumento na produção de grãos, em torno de 27%.

     

        Foto: Henrique Carneiro. Querência/MT.

     

    Os agrônomos conseguiram prever o que acontece hoje

    “Fiz uma comparação entre o previsto para 2016 e o ocorrido neste ano, que são os últimos dados do IBGE, traçando uma linha do valor inicial ao valor final da previsão das culturas apresentadas no relatório do IAC com o INPE”, conta a meteorologista Ana Lúcia Frony de Macêdo.

     

    “Eles acertaram que a soja e a cana-de-açúcar teriam mais áreas aptas ao plantio. De 2006 a 2016, estas culturas foram as que mais aumentaram suas áreas de plantio, segundo o IBGE.”, complementa a meteorologista.

     

    No gráfico vemos que o aumento da área total plantada e destinada à colheita segue a curva da soja e do canavial, enquanto as outras culturas continuam tendo no máximo 4% da área total.

     

    área_plantada

     

     

    Destaque para o feijão e a influência do clima

    “Eu separei esta cultura que apresentou uma grande diminuição da produção neste período. Claro que podemos pensar que o mercado interno está mudando seus hábitos de consumo e por isso os agricultores não têm tanto incentivo para plantar. Por outro lado, o feijão é uma cultura de subsistência e que pode ter perdido áreas aptas devido à falta de chuva dos últimos anos na região Nordeste. E a seca pode ser um efeito do aquecimento global”, analisa a meteorologista Ana Lúcia.

     

    produção_feijão

     

    A estimativa era de uma perda de 4% da produção de feijão até 2020, só que até 2016 a perda já atingiu 24%. Outras culturas de consumo interno também evoluíram pior do que o previsto, a mandioca perdeu 21% da produção em relação à 2006 e o arroz 8%.

     

    Tabela_produção_IBGE

     

    “Já as commodities vão muito bem, obrigada”.

     

    Por Ana Lúcia Frony de Macêdo, meteorologista. 

     

     

    Notícias Recomendadas

    X

    + mais notícias