Região Sudeste - tendência climática para a primavera 2018

19/09/2018 às 10:59
por Josélia Pegorim

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Entenda o que pode ocorrer com os reservatórios de água com a expectativa de irregularidade da chuva.

A primavera de 2018 no Hemisfério Sul começa oficialmente no dia 22 de setembro, às 22h54min, pelo horário de Brasília, e vai até 21 de dezembro, às 19h23, sem considerar o horário brasileiro de verão.

 

O que quer dizer a palavra primavera?

A palavra "primavera" tem origens muito antigas. Vem do latim primus, que significa "antes", e provavelmente do sânscrito “ver”. Então, primavera significaria “resplandecer, iluminar, arder” e que, por extensão, acabou por indicar também a estação em que o Sol arde, isto é, o verão. Prima-vera, portanto, é a “estação antes do verão”.

 

Durante a primavera ocorre uma grande mudança na circulação dos ventos sobre o Brasil, que permite a formação do corredor de umidade entre o Norte, o Centro-Oeste e o Sudeste.

O aumento da disponibilidade de ar úmido e quente sobre o Sudeste facilita a formação das grandes nuvens que causam os temporais com muitos raios, ventania, granizo e até tornados.

 

As frentes frias e suas massas de ar frio, de origem polar,  também avançam para a costa da Região Sudeste durante a primavera, mas em geral, a queda de temperatura mais brusca e persistente ocorre nas áreas próximas ao mar.

 

A primavera é uma estação de aumento natural da frequência da chuva e do calor e  no Sudeste. Os dias cada vez mais longos garantem maior insolação e o aquecimento do ar.

 

Confira a previsão geral para primavera na Região Sudeste com a meteorologista da Climatempo Graziella Gonçalves.

 

 

 

 

Primavera 2018

A chuva e a temperatura da primavera de 2018 terão a influência do processo de formação de um novo El Niño. O aquecimento do oceano Pacífico Equatorial ao largo da costa do Peru vai ajudar a esquentar o ar no Sudeste, aumentando o calor, mas também tende a deixar a chuva espacialmente mais irregular. Nesta situação, a chuva muitas vezes cai forte, mas não todos dias sobre um mesmo lugar. É esta irregularidade da chuva que dificulta o aumento do armazenamento de água dos reservatórios para abastecimento de água e para a geração de energia. O El Níño acentua esta irregularidade, que já uma característica natural da chuva da primavera.

 

Outubro

O mês é quente, com dias de bastante calor especialmente na segunda quinzena. As pancadas de chuva ocorrem em todos os estado, mas mal distribuídas, concentradas em poucos dias do mês. Na segunda quinzena, teremos mais períodos de tempo seco, que apesar de curtos, facilitam a elevação das temperaturas.

A previsão é de que o mês termine com chuva abaixo da média na maioria das áreas de Minas Gerais, Rio De Janeiro e Espírito Santo, incluindo a região das capitais destes estados. No estado de São Paulo, inclusive na Grande São Paulo, a chuva de outubro deve se aproximar mais da média histórica.

 

Novembro

A chuva será mais frequente, de forma geral, em todos os estados. O risco de temporais é maior. Novembro de 2018 tende a ser mais quente do que no ano passado.

O mês deve terminar com chuva dentro a um pouco acima da média na maioria das áreas do estado de São Paulo, inclusive na capital paulista. Para o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, a previsão é que chova menos do que a média. A maior deficiência de chuva é esperada para o norte e leste de Minas e para o Espírito Santo.

 

Dezembro

Historicamente dezembro é um mês de chuva volumosa na Região Sudeste. A média de chuva é a primeira ou a segunda mais alta do ano em quase todas as áreas.

Para dezembro de 2018, a expectativa é de que chova menos do que normal no Sudeste de forma geral. O Espírito Santo, a divisa de Minas Gerais com a Bahia e o norte do estado do Rio de Janeiro devem terminar o mês com a menor deficiência de chuva, isto é, com um volume de chuva mais próximo da média do que o restante da Região.

 

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