Últimas buscas

Você não tem nenhuma busca recente.
    1. Clima e Previsão do Tempo
    2. / Notícias
    3. / Animais podem ‘prever’ mudanças no tempo

    Últimas buscas

    Você não tem nenhuma busca recente.
    Ícone de alerta
    Alerta anterior Próximo alerta Fechar alerta

    Animais podem ‘prever’ mudanças no tempo

    Compartilhar Compartilhe no Whatsapp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter

    7 min de leitura

    Oferecido por

    Alguns fazendeiros do meio-oeste dos Estados Unidos afirmaram que sabiam da chegada da recente onda de frio extrema que atingiu a região antes mesmo que ela fosse prevista oficialmente. Para eles, o aviso prévio não veio pelos meteorologistas, mas pelo comportamento de seus animais.

     

    Deanna Brennecke, uma fazendeira de bezerros de Iowa, afirmou à agência de notícias Reuters que soube dias antes do frio intenso que chegaria ao estado devido ao comportamento de seu gado – os animais estavam comendo muito mais do que o normal e ganhando peso para se manterem aquecidos antes mesmo que as temperaturas caíssem. “Eles estavam se enchendo, e nós sabíamos o porquê”, afirmou Brennecke.

     

    Evidências anedóticas como estas sugerem que os animais podem, até certo ponto, prever o tempo. No entanto, isso nunca foi provado cientificamente.

     

    O que provoca o sentido aguçado nos animais?

    O que se sabe é que os animais reagem a sinais da natureza que surgem quando ocorrem mudanças no tempo. Alguns eventos extremos, como furacões, por exemplo, causam grande queda nas pressões do ar e da água, e muitos animais são capazes de sentir rapidamente essas mudanças. Dessa forma, passam a se comportar de modo estranho e podem até mesmo fugir ou se esconder por segurança.

     

    Esse tipo de comportamento também foi observado em um grupo de tubarões, após pesquisadores acompanharem a movimentação desses animais durante eventos do tempo extremos, como a tempestade tropical Gabrielle, em 2007. Após a pressão barométrica cair apenas alguns milibares, o que corresponde a uma queda na pressão hidrostática (água), alguns tubarões nadaram para águas mais profundas, onde havia mais proteção para a tempestade.

     

    Pássaros e abelhas também aparentam ser sensíveis a essa queda na pressão barométrica – quando ela ocorre, buscam instintivamente cobrir seus ninhos e colmeias. Andorinhas também usam esse senso de pressão do ar para determinar para onde é seguro migrar.

     

    Os humanos também podem ter reações às mudanças do tempo, e isso explica por que muitas pessoas afirmam sentir dor de cabeça antes de uma tempestade. O desconforto ocorre, provavelmente, por um tipo de reação à queda da pressão atmosférica, que cria uma diferença entre a pressão do ar externa e a do ar de nossos seios da face, o que resulta em dor.

     

    Animais-post

     Vários animais podem ser sensíveis a mudanças no tempo

     

    Lei de Dolbear

    A relação entre o “cri-cri” de um grilo e a temperatura é talvez o exemplo mais fascinante de como o reino animal pode estar em sintonia com as mudanças ambientais. Essa relação é conhecida como Lei de Dolbear, em homenagem ao físico americano Amos Dolbear, que publicou um artigo sobre o assunto chamado "O críquete como termômetro" (The Cricket as Thermometer), em 1897. A relação entre o “cri-cri” e temperatura é expressa nesta equação, escrita por Dolbear: Tf=50+(N60-40)/4, onde TF é a temperatura em graus Farenheit e N60 são os “cri-cris” por minuto.

     

    A relação entre a temperatura e o “cri-cri” ocorre por um aumento no metabolismo do grilo a sangue frio, que acontece quando a temperatura sobe. O metabolismo acelerado fornece mais energia para contraturas musculares ou, no caso do inseto, para o som do “cri-cri”.

     

    Dolbear passou horas observando um grilo em uma árvore com neve para determinar a equação, que se acredita ser precisa numa média de um grau Farenheit. O cálculo pode ser feito somando o número de “cri-cris” que você escuta em 15 segundos ao número 37. A soma será aproximadamente igual à temperatura atual em graus Fahrenheit.

     

    A crina do cavalo também já foi usada para medir a umidade, antes do surgimento dos modernos higrômetros eletrônicos. Os ​​chamados higrômetros capilares eram engenhocas onde a crina de cavalo era colada a dois suportes. À medida que os cabelos eram esticados e contraídos pela umidade, qualquer alteração no comprimento era tida como uma medida da umidade relativa.

     

    marmota

    O Dia da Marmota é comemorado em 2 de fevereiro

     

    Dia da Marmota

    Um dos casos mais conhecidos e amplamente celebrados de que animais preveem o tempo é o Dia da Marmota (Groundhog Day). Baseado em uma velha superstição levada à Pensilvânia por colonos de língua alemã em meados do século 19, o Dia da Marmota (celebrado em 2 de fevereiro) se resume em observar o comportamento do animal: se ele sair da toca, significa que o inverno do Hemisfério Norte terminará mais cedo; se o animal continuar entocado, o inverno durará mais seis semanas. Claro que não é nada científico, mas a tradição ganhou muitos fãs, e virou feriado em alguns lugares.

     

    A maior festa do Dia da Marmota acontece em Punxsutawney, na Filadélfia. Após observar o animal e receber a notícia que define o guarda-roupa e o ânimo da estação, os visitantes deliciam-se com donuts, doces e bebidas quentes.

     

    Para o festival deste ano, os meteorologistas da StormGeo previram corretamente que as nuvens bloqueariam a sombra da marmota e fariam as pessoas acreditarem que a primavera estava chegando, o que agora sabemos não ser verdade.

     

     

    Este texto é uma tradução e adaptação de conteúdo produzido pela StormGeo. Para acessar o arquivo original, clique aqui.

     

    Notícias Recomendadas

    X

    + mais notícias