Chile descarta sobreviventes em acidente aéreo

12/12/2019 às 17:27
por Redação

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Condições dos destroços indicam ser impossível haver sobreviventes na queda do avião que voava rumo à Antártida

O chefe da Força Aérea do Chile (FACh), Arturo Merino, declarou nesta quinta-feira (12/12) estar descartada a possibilidade de as equipes de busca encontrarem sobreviventes do acidente com um avião militar que viajava rumo à Antártida e havia desaparecido há três dias, com 38 pessoas a bordo.

 

"As condições dos destroços encontrados do avião tornam praticamente impossível que haja sobreviventes desse acidente", disse o chefe da Força Aérea do Chile (FACh), Artuno Merino, em entrevista coletiva com o ministro da Defesa, Alberto Espina, na base aérea de Punta Arenas, 3 mil quilômetros ao sul de Santiago.

 

Os primeiros destroços da aeronave foram localizados nesta quarta-feira. Merino confirmou também terem sido encontrados restos mortais, embora ainda seja necessário realizar exames para confirmar se se tratam dos ocupantes do Hércules C-130.

 

Entretanto, as condições em que os corpos foram encontrados no Mar de Drake, entre o Chile e a Antártida, cujas águas são consideradas das mais turbulentas do planeta, levaram as autoridades a concluir a quase impossibilidade de que haja sobreviventes do acidente.

"Junto com as partes do avião que ainda estão sendo encontradas até agora, foram encontrados restos mortais, que são muito provavelmente daqueles que viajam no acidente de avião C-130", acrescentou. Se ainda forem encontrados restos mortais ou partes do avião, ressaltou, as buscas serão mantidas, mesmo que o período regulamentado seja de seis dias – esta quinta-feira já é o quarto dia.

 

Os primeiros pedaços da aeronave foram localizados pelo navio Almirante Maximiano, da Marinha do Brasil, que ajuda nas buscas desde o primeiro momento. A partir daí, o rastreamento se concentrou naquela área. A FACh informou que as atuais buscas se realizam a 4 mil metros de profundidade e que já foram recuperados elementos do avião, como uma roda de trem de pouso, elementos do sistema de combustível e materiais.

 

"Foram organizados 23 veículos aéreos, incluindo aviões e helicópteros, 14 veículos navais e oito agências internacionais com capacidade de satélite, que finalmente permitiram a localização do avião", declarou o ministro da Defesa, Alberto Espina, que viajou nesta quinta-feira para a cidade de Punta Arenas, a cerca de 3 mil quilômetros ao sul de Santiago.

 

Esta é a pior tragédia aérea do país desde a queda de um avião com 21 pessoas a bordo, em 2011, que transportava ajuda humanitária para o arquipélago de Juan Fernández, a 670 quilômetros da costa chilena, onde ocorrera um terremoto de magnitude 8,8.