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Resumo desta quinta-feira (02/04):
Mundo tem mais 952 mil casos confirmados, mais de 48 mil mortes e mais de 202 mil pacientes recuperados
Brasil registra 6.836 casos de coronavírus e 241 mortes, segundo Ministério da Saúde
Espanha tem mais de 10 mil mortos em decorrência do coronavírus
Estados Unidos ultrapassam marca de 5 mil mortes por covid-19
10:40 - Equador vive caos funerário em meio à pandemia
O governo do Equador informou nesta quarta-feira (01/04) que retirou 150 corpos que estavam em casas de Guayaquil, após o caos funerário desencadeado na cidade pela pandemia do coronavírus Sars-Cov-2. As autoridades, porém, não confirmaram quantas dessas pessoas foram vítimas de covid-19, a doença respiratória causada pelo vírus.
Uma força-tarefa conjunta militar e policial foi criada pelo governo para lidar com a emergência e retirou os corpos nos últimos três dias, informou o porta-voz Jorge Wated. Ele reconheceu as falhas do sistema funerário em Guayaquil, que fez com que médicos forenses e funerárias não conseguissem atender rapidamente aos casos de mortes nas residências em meio ao toque de recolher de 15 horas instaurado no país. "Reconhecemos quaisquer erros e pedimos desculpas a quem teve atraso de dias para retirar seus entes queridos", disse Wated em uma mensagem transmitida em rádio e televisão.
Nos últimos dias, desesperados, moradores de Guayaquil começaram a publicar vídeos de corpos abandonados nas ruas e mensagens pedindo ajuda para enterrar seus mortos.
"Estamos trabalhando para que cada pessoa seja enterrada com dignidade em espaços individuais", disse Wated, referindo-se a um cemitério administrado pelo governo, com capacidade para cerca de 2 mil corpos.
A província de Guayas, cuja capital é Guayaquil, é uma das mais afetadas pelo coronavírus no Equador. O país registra oficialmente 2.758 casos e 98 mortes. Cerca de 70% dos infectados estão concentrados nessa região.
Wated disse que o governo enfrentará dias difíceis. "Infelizmente, os médicos especialistas estimam que pode haver de 2,5 mil a 3,5 mil mortes pela covid-19 apenas na província de Guayas. Estamos nos preparando para isso”, declarou.
10:05 - Alemanha aumenta leitos de terapia intensiva em 43%
Devido à pandemia de covid-19, os hospitais da Alemanha aumentaram o número de leitos de terapia intensiva de cerca de 28 mil para aproximadamente 40 mil, o equivalente a cerca de 43%. Entre 15 mil e 20 mil deles estão disponíveis no momento, afirmou Gerald Gass, presidente da Sociedade Hospitalar Alemã (DKG), ao jornal Rheinische Post nesta quinta-feira (02/04). O número de leitos com ventilador aumentou de cerca de 20 mil para aproximadamente 30 mil desde o início da pandemia. Alguns dos ventiladores foram retirados de outras áreas, como salas de recuperação, e outros novos foram adquiridos, explica Gass. Em alguns casos, aparelhos desativados voltaram a ser utilizados.
Gass acredita que nas próximas duas semanas haverá aparelhos para todos os pacientes de covid-19 que precisarem de ventilação. Atualmente, cerca de 2 mil leitos estão ocupados por pacientes com a doença. Os hospitais também criaram espaço adicional para leitos não intensivos, cortando o número de internações não essenciais. A taxa de ocupação normal dos hospitais na Alemanha é entre 75 e 80%. Atualmente, cerca de 50% dos leitos estão ocupados.
Segundo dados desta quinta-feira do Instituto Robert Koch (RKI), responsável pelo controle e prevenção de doenças no país, a Alemanha tem 73.522 casos confirmados e 872 mortes. A Universidade Johns Hopkins, que atualiza os números globais do coronavírus a cada hora e também serve de referência para as estatísticas sobre a doença, aponta que a Alemanha tem mais de 78 mil infecções e 944 mortes.
08:05 – Espanha tem mais de 10 mil mortos em decorrência do coronavírus
A Espanha chegou a 10.003 mortes por covid-19 nesta quinta-feira (02/04), após o registro de 950 óbitos nas últimas 24 horas, um novo recorde diário no país. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde espanhol.
O número total de casos no país é de 110.238 casos, representando um aumento diário de 7,9%, o mais baixo em vários dias, mas com uma taxa de redução mais moderada. De acordo com o ministério, 6.092 pacientes estão internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), 220 a mais do que na quarta-feira. Do total de infectados, 26.743 tiveram alta e são considerados curados.
A região com mais casos é a de Madri, com 32.155 infectados e 4.175 mortos, seguida pela da Catalunha (21.809 e 2.093) e a de Castela-Mancha (7.682 e 854). Dados divulgados nesta quinta-feira mostram que a crise provocada pela pandemia foi a responsável, em março, pela maior alta mensal de desempregados da história da Espanha. O número de pessoas sem emprego inscritas nos serviços públicos espanhóis aumentou em 302.265 no mês passado, alcançando um total de 3,54 milhões. O país é o segundo no mundo com maior número de mortos pela covid-19, ficando atrás apenas da Itália.
07:40 – Presidente das Filipinas manda atirar em quem causar problemas durante a quarentena
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, disse que as forças de segurança do país devem atirar em quem causar problemas em áreas com restrição de circulação devido à pandemia de coronavírus. Cerca de metade dos aproximadamente 110 milhões de habitantes do país estão em quarentena, milhões deles em extrema pobreza e desempregados.
Horas antes da fala, que foi transmitida pela televisão na noite desta quarta-feira (01/04), quase duas dezenas de pessoas de uma comunidade carente da capital, Manila, foram presas por realizarem um protesto que acusava o governo de não fornecer ajuda alimentar aos pobres.
"Minhas ordens para a polícia e os militares, e também para os oficiais nas vilas, são de que, se houver problemas ou surgir uma situação em que as pessoas desobedeçam e as suas vidas estejam em risco, atirem para matar", disse Duterte. "Em vez de causar problemas, eu as mandarei para o túmulo", disse o presidente.
As Filipinas registram 2.311 infecções por coronavírus e 96 mortes. Mas o país intensificou apenas agora os testes, o que deve fazer com que o número de infectados siga aumentando.
Os comentários do presidente foram repreendidos imediatamente por grupos de direitos humanos, que pediram ao governo que forneça os suprimentos necessários, em vez de fazer ameaças violentas. "É profundamente alarmante que o presidente Duterte tenha estendido uma política de atirar para matar. Força mortal e não controlada nunca deve ser um método para responder uma emergência como a pandemia de covid-19", disse a Anistia Internacional nas Filipinas em comunicado.
O chefe da polícia nacional das Filipinas, Archie Gamboa, disse nesta quinta-feira (02/04) que os policiais não começariam a atirar. "Provavelmente, o presidente enfatizou demais a implementação da lei em tempos de crise", justificou.
07:00 – Austrália terá creches gratuitas por seis meses
A Austrália anunciou nesta quinta-feira (02/07) que creches serão gratuitas por seis meses, como parte de uma tentativa para manter algumas empresas operando durante a pandemia. Segundo dados preliminares, as medidas de contenção adotadas pelo governo indicam sinais precoces de que a curva de contaminação está achatando. A Austrália registrou cerca de 5,2 mil infecções e 25 mortes.
De acordo com o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, o subsídio de 1,6 bilhão de dólares manterá cerca de 13 mil creches abertas. O valor se soma ao pacote de apoio de cerca de 121 bilhões de dólares do governo para tentar fazer"hibernar" a economia até a crise passar. Após seis meses, o subsídio das creches será reavaliado.
Manter os centros infantis abertos também permitirá que profissionais como os da área da saúde, de limpeza e de distribuição de alimentos continuem trabalhando, reforçou Morrison.
As restrições adotadas pela Austrália devem levar a economia do país à primeira recessão em quase três décadas e dobrar o índice de desemprego.
05:50 – Estados Unidos ultrapassam marca de 5 mil mortes por covid-19
De acordo com dados da universidade americana Johns Hopkins, os Estados Unidos já contabilizam mais de 5 mil mortes em decorrência da doença respiratória covid-19, causada pelo coronavírus Sars-Cov-2. Nesta quinta-feira (02/04), o número total de óbitos era de 5.137 e o de infecções, de 216.722. Nova York é a cidade com o maior número de mortos (1.374). Na quarta-feira, o país registrou 884 mortes, um novo recorde diário. Em apenas 24 horas, foram 25.200 novas infecções.
A Casa Branca prevê que o coronavírus pode deixar entre 100 mil e 240 mil mortos, mesmo com as medidas de contenção, e alertou que o número pode chegar a até 2,2 milhões se nada for feito para combater o vírus. Até agora, pelo menos 34 dos 50 estados do país, além de Porto Rico e o Distrito de Columbia (onde fica a capital, Washington), promulgaram decretos para forçar os cidadãos a ficarem em casa, o que significa que aproximadamente 89% da população dos EUA (cerca de 291 milhões de pessoas) está isolada.
Na quarta-feira, o governo americano anunciou que não poderá retomar a atividade econômica no domingo de Páscoa (12/04), como havia planejado, e que será necessário esperar pelo menos até o fim do mês (30/04).
05:10 – Supermercados da Áustria distribuem máscaras aos clientes
Na Áustria, os supermercados começaram a distribuir máscaras protetoras aos seus clientes. O objetivo é que as pessoas estejam preparadas para a entrada em vigor na próxima segunda-feira de uma nova regra, que obriga que clientes desses estabelecimentos usem máscaras (que podem ser de fabricação própria).
A preocupação é que a nova medida agrave ainda mais a escassez de máscaras para profissionais da área da saúde. Além disso, máscaras simples não protegem o usuário, mas o ambiente ao redor, o que pode provocar uma falsa sensação de segurança.
Nesta quarta-feira, devido à escassez do produto, somente algumas lojas da capital, Viena, conseguiram fazer a distribuição.
04:30 – MP permite cortes de até 70% do salário e suspensão de contratos
Para diminuir efeitos negativos na economia por pandemia do coronavírus, o governo federal brasileiro anunciou na noite desta quarta-feira (01/04) que enviará ao Congresso medida provisória (MP) que autoriza que empresas suspendam totalmente contratos ou reduzam jornadas de trabalho e salários durante a crise provocada pela pandemia de coronavírus.
As reduções podem chegar a 70% e têm prazo máximo de 90 dias. Contratos poderão ser suspensos por até dois meses. Os funcionários afetados receberão uma compensação do governo, que pode chegar até 100% do seguro-desemprego que eles receberiam em caso de demissão.
A medida foi divulgada pelo secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco. O objetivo é diminuir efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.
Por meio de negociações individuais ou coletivas, o empregador poderá combinar a suspensão do contrato de trabalho com os empregados por até 60 dias (dois meses), com direito a receber seguro-desemprego. Segundo a equipe econômica, o governo gastará 51,2 bilhões de reais com o programa.