No final de outubro de 2020, a NASA anunciou uma importante descoberta: existem evidências de moléculas de água na cratera lunar Clavius, que se localiza na parte iluminada diretamente pelo Sol. Esta descoberta indica que a água pode estar distribuída em toda a superfície lunar e não somente na região não iluminada diretamente pelo Sol. 

Além de toda a descoberta científica, você sabia que dá  para  para contemplar a região da cratera Clavius a olho nu ou utilizando um simples telescópio?

Se você não possui um telescópio ou binóculo, basta olhar para a região do quadrado amarelo ilustrado na figura 1.  Lá estará a cratera Clavius. 

Mas se você tem um telescópio ou binóculo, basta apontar seu instrumento óptico para a mesma região ilustrada na foto 1  e terá uma enorme surpresa!

Figura abaixo: A Lua e a Cratera Clavius, em 31 de outubro de 2020, às 21 horas.

 

 

Cratera lunar Clavius e detalhe ampliado

 

 

Com tudo isso, quando você for observar essa bela cratera, sua lembrança não será apenas do filme 2001: uma odisseia no espaço, onde uma base lunar é instalada justamente na cratera Clavius. Você deverá lembrar que numa das maiores crateras da Lua, existe uma assinatura que caracteriza a existência de moléculas de água. E isso não é mais ficção científica. É ciência!

Um outro céu através de um telescópio

Sabemos que observar o céu a olho nu, seja numa cidade com ou sem poluição luminosa é esplendoroso. Mesmo numa cidade com poluição luminosa, ainda é possível contemplar a olho nu os planetas Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno, além da Lua. 

 

Mas, com o uso de um telescópio o universo se abre e os planetas Vênus e Mercúrio revelam as suas fases, semelhante a Lua. A própria Lua exibe sem pudor as suas crateras e mares. Júpiter revela as suas quatro luas que foram observadas em 1609 por Galileo Galilei. Saturno com seus anéis e a divisão de Cassini baila no céu com sua cor amarelada magnífica. 

Os cometas, aglomerados estelares, estrelas duplas, e tantos outros objetos celestes se revelam, mesmo nas cidades com poluição luminosa. Afinal, foi com uso do telescópio que Galileo iniciou uma nova fase na Astronomia. 

 

Mas aí começam os problemas. Como comprar um telescópio? Onde? Quanto custa?

Qual telescópio comprar?

Por mais que um simples telescópio possa contemplar as crateras da Lua e muitos outros objetos do céu noturno, existem acessórios que podem auxiliar a observação. Um acessório fundamental para um bom telescópio é o motor que acompanha o movimento de rotação da Terra. Por exemplo, se você estiver observando a Lua com um telescópio, mas que não tenha esse motor, o resultado será a Lua saindo frequentemente do campo de visão da ocular, local onde colocamos o olho para observar no telescópio. Pior ainda, será quando utilizamos uma ocular que amplia e muito a Lua ou qualquer outro objeto celeste.

 

E por falar em ocular, temos outro acessório fundamental para o uso do telescópio. Aliás, podemos falar, acessórios no plural. O uso de duas ou três oculares auxiliam na observação, precisão e ampliação. 

 

Pois é. Comprar um telescópio é um pouco complicado e  exige uma orientação prévia para não ser enganado e jogar dinheiro fora.

 

O professor Marcos Calil trabalha na área de ensino e divulgação de Astronomia há 16 anos. Na sua vasta experiência trabalhando em planetários e como correspondente de Astronomia na Climatempo ele sabe responder rapidamente sobre qual é a principal e constante dúvida dos amantes da Astronomia Observacional: como comprar um bom telescópio?

Para esclarecer esses e outros temas relativos a telescópios, nesta terça-feira, 3 de novembro, às 19h30, os professores Marcos Calil e Ednilson Oliveira juntamente com a meteorologista Josélia Pegorim irão fazer uma live inédita sobre esse tema. Serão abordados assuntos sobre escolha de um bom telescópio, como comprar um telescópio no Brasil e nos Estados Unidos entre outros.

 

Não deixe de participar da live e saiba como comprar um telescópio. Se inscreva no canal e ative a notificação para  não perder essa belíssima live.

 

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Bons céus, como diz sempre o professor Calil!