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Foto: Curitiba (PR) por Maria Josélia Augusta
Julho terminou gelado, com recordes de frio em anos no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Apesar de três ondas de frio terem atuado durante o mês, a falta de chuva também chamou a atenção.
Durante o mês de julho, choveu bem pouco no país. A Região Sul, que normalmente recebe mais chuva nesta época do ano, não chegou a acumular 50mm. No leste do Nordeste, onde as chuvas são mais frequentes devido às ondas de leste, os valores ficaram abaixo do normal para o mês.
O Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná registraram uma anomalia de precipitação negativa de cerca de 150mm. Em Curitiba, por exemplo, o acumulado de chuva foi de aproximadamente 20mm, contra 108mm que é a Climatologia do local, ou seja, choveu 80% abaixo do esperado.
Aliás, analisando os dados de julho de anos anteriores, desde 2016 não chove dentro da média em Curitiba. Em julho daquele ano, choveu 116mm, valor bem próximo do normal para o mês. Desde então, os meses de julho do anos seguintes registraram acumulados inferiores a 50mm na capital paranaense.
Uma das explicações para a falta de chuva no Sul é o Oceano Atlântico que está com um pequeno gradiente de temperatura, além da neutralidade com o viés negativo do Oceano Pacífico.
O que esperar para agosto
O mês vai ter a passagem de três frentes frias. Uma por volta do dia 5, outra na virada da quinzena e uma terceira na última semana. Para Curitiba, por exemplo, a simulação europeia (ECMWF) indica 50mm de chuva para agosto. A maior parte desta chuva acontecerá na virada da primeira para a segunda quinzena e também nos últimos dias do mês de agosto.
A falta de chuva tem impacto direto em falta de água para abastecimento de casas, setor industrial, agronegócios e geral de energia elétrica pelas hidrelétricas. A cidade vive um rodízio de água desde o ano de 2020.
Confira no mapa abaixo a chuva esperada para o mês em todo o Brasil.
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