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Poluição por plásticos deve duplicar até 2030

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Foto: iStock

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Levantamento do Programa da ONU para o Meio Ambiente é lançado 10 dias antes da COP-26; emissões de gases causadas por plásticos devem subir para 6,5 de gigatoneladas até 2050; solução passa por investir em energias renováveis e acabar com subsídios


O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, divulgou um relatório prevendo que a poluição causada por plásticos duplique até 2030, causando péssimas consequências para saúde, economia, biodiversidade e Clima

 

O Pnuma afirma ser crucial tratar da crise de poluição global como um todo e lança o documento cerca de 10 dias antes do início da Conferência da ONU sobre Mudança Climática, COP-26.

 


Previsões de aumento de CO2 


Para reduzir a poluição por plásticos, a agência da ONU propõe fim dos subsídios e que os combustíveis fósseis sejam substituídos por fontes de energia renovável. O Pnuma acredita ser possível reverter essa crise, desde que haja vontade política e ação urgente. 

 

O relatório mostra que em 2015, as emissões de gases de efeito estufa causadas por plásticos eram equivalentes a 1,7 gigatoneladas de CO2. Mas até 2050, a projeção é de que as emissões aumentem para 6,5 gigatoneladas. 

 

Os autores do estudo destacam que algumas alternativas para a crise dos plásticos também são nocivas ao meio ambiente, incluindo plásticos biodegradáveis, que causam “uma ameaça similar aos plásticos convencionais”.

 

 

Consumo de plástico precisa parar imediatamente 


O documento do Pnuma também apresenta algumas falhas do mercado, como baixos preços de combustíveis fósseis virgens, na comparação com preços de materiais reciclados, e falta de esforços para o manejo do lixo causado por plásticos. A agência pede a “redução imediata na produção e no consumo de plásticos”

 

A diretora-executiva do Pnuma, Inger Andersen, afirma que o levantamento traz “argumentos científicos fortes sobre a urgência em agir pela proteção dos oceanos”. 

 

Atualmente, os plásticos representam 85% do lixo marinho, mas até 2040, esse volume irá triplicar. A cada ano, até 37 milhões de toneladas de lixo vão parar  nos oceanos, representando 50kg de plástico por cada metro de área litorânea. 

 

Leia também: biodiversidade em cheque

 

 

Prejuízos econômicos 

 

Por conta disto, plânctons, mariscos, pássaros, tartarugas e mamíferos enfrentam graves riscos de sufocamento, intoxicação, problemas de comportamento e fome. 

O Pnuma revela que corpo humano também está vulnerável à poluição por plásticos, já que partículas são ingeridas durante o consumo de peixes, de bebidas e até do sal comum. Os microplásticos podem também penetrar nos poros e serem inalados quando estão suspensos no ar.

 

O relatório revela ainda os impactos para a economia: até 2040, poderá haver um risco financeiro anual de US$ 100 bilhões para as empresas, se os governos exigirem que a indústria cubra os custos do manejo do lixo.  

 

Fonte: ONU  News

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