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Falta de umidade do solo pode diminuir 2ª safra de milho

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A chuva avançou pelo Brasil na semana passada, mas não foi organizada e intensa
a ponto de aliviar o déficit hídrico em todas as áreas produtoras. Pastagens e a
segunda safra de milho sentem a menor umidade do solo em áreas do noroeste de
São Paulo, Triângulo Mineiro, norte de Minas Gerais e do Espírito Santo, oeste e sul
de Mato Grosso e Vale do São Francisco no Nordeste.

 

De acordo com a Conab, pouco mais da metade das áreas instaladas estão em desenvolvimento vegetativo e aproximadamente 40% estão em floração e há necessidade de mais episódios de chuva. As precipitações até foram fortes, porém pontuais. De acordo com o INMET, a chuva foi intensa na região de Guaíra-PR com mais de 160mm. No Sudeste, a região do Pontal do Paranapanema recebeu mais de 50mm.

 

No Centro-Oeste, destaque para acumulados acima dos 50mm na divisa tríplice dos Estados, além da região de Confresa-MT e de Posse-GO. No Matopiba, choveu mais de 50mm na região de Carolina-MA. No Norte, choveu mais de 100mm na divisa entre Tocantins e Pará.

 

Frio

 

Fez frio no fim de semana. De acordo com o Ciram-Epagri, a temperatura
mínima alcançou -1,6°C com geadas fortes em Urupema (SC) e Bom Jardim da Serra (SC). Houve geada mais fraca com mínima de 0°C em Vacaria (RS), 4°C em Bagé (RS),
1°C em General Carneiro (PR) e 4°C em Porto Amazonas (PR) e Inácio Martins (PR).

 

Geada

 

As geadas foram mais sentidas em áreas produtoras de batatas no Rio Grande do Sul,
tubérculo que vem apresentação forte elevação dos preços. Mas o aumento esteve
ligado ao excesso de chuva das semanas anteriores e ao aumento da demanda pela
Semana Santa.

 

Tendência do Clima

 

A partir de agora, o tempo seco predominará por um período prolongado sobre boa parte das Regiões Sudeste e Centro-Oeste. Nas áreas que não receberam chuva forte, a diminuição da umidade do solo diminuirá a produção da segunda safra de milho.

 

Algumas áreas de cana de açúcar e de pastagens também sentem a diminuição da precipitação, embora no caso da cana de açúcar, o tempo seco também ajude na aceleração da colheita no centro e sul do país. Nesta semana, a exceção no Sudeste e Centro-Oeste será vista apenas no norte e oeste de Mato Grosso com acumulados entre 20mm e 90mm.

 

No extremo sul de Mato Grosso do Sul, região de Sete Quedas, também há previsão de acumulado mais significativo, na casa dos 20mm. Entre 25 de abril e 01 de maio, aparecem algumas precipitações acima dos 20mm no sul e leste de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais e noroeste de Mato Grosso.

 

umidade no solo

Foto: Istock

 

 

Previsões mais estendidas indicam chuva mais intensa somente na segunda semana de maio. Entre 08 e 12 de maio, a simulação americana CFSv2 indica 30mm no oeste e sul de São Paulo e 15mm em Mato Grosso do Sul, oeste e sul de Minas Gerais, sul de Goiás e áreas do sul e oeste de Mato Grosso. Além disso, na Região Sul, há previsão de chuva a partir da quinta-feira (21/04) com acumulado que alcança 50mm no sudoeste do Paraná entre a quinta-feira (21) e o domingo (24). Por sinal, após uma pequena trégua das precipitações, a Região Sul terá um último decêndio de abril bem chuvoso novamente.

 

No Nordeste, há previsão de chuva forte no Porto de Salvador neste início de semana, situação que diminui o ritmo de embarque de grãos. Também há previsão de chuva forte em boa parte da costa do Nordeste, desde Sergipe até o Maranhão, além de boa parte da Região Norte nesta semana. Na semana que vem, a chuva enfraquecerá no Norte e na costa da Bahia, mas será intensa entre Alagoas e o Maranhão ajudando no desenvolvimento da cana de açúcar (leste do Nordeste) e da soja (norte do Maranhão).

 

Temperatura

 

A temperatura voltará a declinar de forma mais acentuada na passagem de abril para maio. Ainda há grande chance de oscilação de data e intensidade do frio, mas as simulações mais recentes indicam temperaturas abaixo dos 3°C com geadas no sul e leste do Paraná, em boa parte do Planalto, Serra e Meio Oeste de Santa Catarina e na Serra do Rio Grande do Sul na madrugada de 01º de maio.

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