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Estamos oficialmente na primavera, estação que marca o início do período chuvoso em grande parte do Brasil. Este período exige atenção redobrada dos setores impactados pelas condições de tempo e Clima, principalmente as operações com atividades a céu aberto, como o setor mineral, pois as tempestades acompanhadas de raios, fortes rajadas de vento e até mesmo chuva volumosa, costumam provocar estragos.
Nos últimos dias, fortes tempestades com raios já ocorreram em grande parte do centro-sul do Brasil, provocando danos. Ao longo dos próximos meses, elas se tornarão mais comuns devido à uma mudança no padrão da atmosfera, que aos poucos, vai adquirindo características tropicais devido a presença de calor e umidade, condições ideais para a formação dos temporais.
É importante destacar que o Brasil é o país com a maior incidência de raios no mundo, com uma média de mais de 70 milhões de raios sendo registrados anualmente, 70% deles apenas durante o período chuvoso (primavera e verão). Os reflexos da ocorrência elevada deste fenômeno podem ser vistos principalmente no alto número de mortes registradas, em torno de 110 óbitos anualmente, e também, no prejuízo financeiro ocasionado, que chega a 1 bilhão de reais anualmente, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O fenômeno La Ninã continuará ativo durante a primavera?
Atualmente, estamos sob a influência do La Niña, fenômeno climático-oceânico caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do oceano Pacífico que altera os padrões de chuva e temperatura em todo o globo. De acordo com as últimas análises, ele continuará ativo e influenciando o clima em território brasileiro durante toda a primavera.
Durante os próximos meses, é esperado um favorecimento para a formação de corredores de umidade que cortam o país de noroeste-sudeste, provocando o aumento das chuvas na região Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, que podem vir na forma de temporais.
Para evitar acidentes, otimizar a operação e mitigar os efeitos provocados pelas tempestades, é importante a utilização de plataformas de monitoramento do tempo severo, como o SMAC, o Sistema de Monitoramento e Alertas Climatempo, onde são enviados alertas georreferenciados e com antecedência.
Robson Miranda - Meteorologista e Consultor Comercial