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Riscos de descargas elétricas e suas consequências para a sociedade

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As descargas elétricas na atmosfera ou popularmente denominadas como relâmpagos, nada mais são do que fenômenos da natureza que ocorrem devido ao acúmulo de cargas que em geral se originam dentro de nuvens de tempestades (Cumulonimbus). Quando o campo elétrico produzido por essas cargas atmosféricas excede a capacidade isolante do ar, há uma grande transferência de energia iniciando todo processo da descarga elétrica.

 

Relâmpagos duram em média um quarto de segundo, durante este período, percorrem na atmosfera uma distância que varia desde alguns quilômetros até algumas dezenas de quilômetros. Embora elas possam parecer uma descarga contínua, na verdade eles são formados de múltiplas descargas, denominadas descargas de retorno, que se sucedem em intervalos de tempo muito curtos, sendo considerados como uma das mais violentas manifestações da natureza.

 

Existem diversos tipos de descargas elétricas atmosféricas, elas são classificadas de acordo com o seu local de origem e onde terminam. Por exemplo, as descargas elétricas podem ocorrer dentro da própria nuvem, entre nuvens, da nuvem para o solo, do solo para a nuvem ou até mesmo da nuvem para um ponto qualquer na atmosfera. A polaridade desse fenômeno também varia de acordo com as suas propriedades, ou seja, existem relâmpagos tanto com a polaridade negativa, que são os mais comuns, quanto os de polaridade positiva, que são os mais raros de acontecer.

 

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), as mudanças climáticas interferem diretamente na incidência das descargas elétricas, pois com aumento na temperatura média global, a ocorrência das descargas elétricas também tem aumentado em cerca de 35% para cada grau celsius acima da média.  Além disso, o Brasil é o país com a maior incidência desse fenômeno no mundo, com quase 80 milhões de casos por ano. Consequentemente, o aumento de relâmpagos devido às mudanças no Clima é preocupante, pois os relâmpagos podem causar vários prejuízos a diversos setores da economia brasileira.

 

As descargas nuvem-solo são os mais estudados atualmente, pois são os que causam  maiores danos aos seres humanos. Os relâmpagos nuvem-solo, por exemplo, podem danificar equipamentos elétricos, causar incêndios, acidentes em aviões e barcos, problemas nos sistemas de telecomunicações, desligamentos de linhas de transmissão e distribuição de energia, ou até mesmo, ocasionar a morte de pessoas e animais.

 

Estima-se que no Brasil os relâmpagos matem cerca de 110 pessoas por ano, deixem mais de 200 pessoas feridas e causem um prejuízo anual de aproximadamente R$1 bilhão. O setor elétrico é o que mais sofre com as descargas elétricas, tendo um prejuízo de aproximadamente R$600 milhões. Depois, os setores mais afetados são os de telecomunicações (R$100 milhões), seguros, eletrônicos, construção civil, aviação, agricultura e pecuária.

 

O QUE FAZER SOB RISCO DE TEMPESTADE COM DESCARGAS ELÉTRICAS?


ÁREA RURAL

  • Abrigar-se ou caminhar perto de árvores;
  • Não ficar próximo a animais ou andar a cavalo;
  • Não ficar próximo a cerca de arame;
  • Não carregar ou ficar próximo a objetos metálicos pontiagudos, como enxadas, pás e facões;
  • Evitar ficar próximo de veículos, como tratores, carros ou dentro de carroceria de caminhão;
  • Não se abrigar em áreas cobertas, que protegem da chuva, mas não dos raios, como varandas, barracos e celeiros.

 

AO AR LIVRE

 

  • Parar de jogar futebol ou permanecer no campo;
  • Evitar caminhar em áreas descampadas, como terreno baldio, cemitério e canteiro de obra;
  • Evitar caminhar ou ficar parado em rodovias, ruas ou estradas;
  • Não subir em locais altos, como telhados, terraços e montanhas;
  • Não ficar próximo a varal de metal, antena ou portão de ferro.

 

NA PRAIA, NA PISCINA OU NO RIO

 

  • Sair da água;
  • Não caminhar às margens da água na faixa de areia, calçadão, beira de rio ou piscina;
  • Sair debaixo de guarda-sol, tendas e quiosques;
  • Não ficar próximo a embarcações atracadas;
  • Não realizar atividades de pesca navegando em embarcações ou na beira da água.

 

DENTRO DE CASA

 

  • Evitar utilizar equipamentos elétricos ligados à rede elétrica ou ficar perto de tomadas;
  • Evitar falar ao telefone com fio ou utilizar celular conectado ao carregador;
  • Evitar tomar banho em chuveiro elétrico;
  • Não ficar próximo a janelas e portas metálicas;
  • Não ficar próximo à rede hidráulica (torneiras e canos).

 

OPÇÃO MAIS SEGURA DE ABRIGO EM QUALQUER CENÁRIO

 

  • Entre em um veículo não conversível e feche as portas e vidros, evitando contato com a lataria;
  • Entre em moradias ou prédios, mantendo distância das redes elétrica, telefônica e hidráulica, de portas e janelas metálicas;
  • Entre em abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis.
  • Afasta-se de qualquer ponto mais alto e de objetos metálicos, mantenha os pés juntos
    e agacha-se até a tempestade passar. Não fique deitado.


Para as empresas com operações expostas a esses riscos, a Climatempo fornece soluções meteorológicas para auxiliar na mitigação dos impactos causados. 

Entre em contato conosco para ter mais segurança no seu dia a dia: [email protected].

 

Referências:

 

http://www.inpe.br/webelat/rindat/menu/desc.atm/

https://www.cnm.org.br/comunicacao/noticias/descargas-eletricas-o-brasil-e-o-pais-onde-mais-ocorre-raios-no-mundo

https://www.biomassabioenergia.com.br/imprensa/os-raios-e-o-meio-ambiente-por-ricardo-e-rose/20170222-162643-q679

https://ekkogreen.com.br/mudancas-climaticas-brasil-raios/

https://gauchazh.clicrbs.com.br/ambiente/noticia/2022/04/a-cada-50-mortes-por-raios-no-mundo-uma-e-no-brasil-saiba-como-se-proteger-cl2gln7qv007e019imbse9cxy.html

http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/infor/relampagos.e.efeitos/solo.php

https://gauchazh.clicrbs.com.br/ambiente/noticia/2022/04/a-cada-50-mortes-por-raios-no-mundo-uma-e-no-brasil-saiba-como-se-proteger-cl2gln7qv007e019imbse9cxy.html

SILVA, Gustavo Azarito. Visualização científica de descargas elétricas atmosféricas. 2014.

COUTO, Flavio; SALGADO, Rui. MODELAÇÃO DE DESCARGAS ELÉTRICAS ATMOSFÉRICAS COM MODELO DE INVESTIGAÇÃO DE ALTA RESOLUÇÃO ESPACIAL. 2019.

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