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Mudança climática: 5 temas que vão dar o que falar em 2023

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Colocar em prática acordos financeiros para proteger a natureza, a força política dos combustíveis fósseis e previsão de extremos ainda mais fortes de calor estarão no radar este ano.

 

Mudança climática: 5 temas que vão dar o que falar em 2023

 


El Niño: o retorno


Meteorologistas, como os do britânico Met Office, estão prevendo com alta probabilidade a volta do fenômeno El Niño em 2023. Ele tende a favorecer temperaturas mais altas do que a média em todas as regiões do planeta. Apesar dos extremos climáticos dramáticos dos últimos anos, a Terra tem estado num período de arrefecimento, conhecido como La Niña, que começa a perder força já neste começo do ano e tende a se desmanchar. A depender da intensidade do El Niño, seu retorno pode levar o planeta a extrapolar, já na virada deste para o próximo ano, a meta do Acordo de Paris de manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C até meados do século. 


União pela Amazônia 


Este pode ser o ano em que os nove países amazônicos se reúnem pela primeira vez em torno de uma agenda comum de combate ao desmatamento e ao crime organizado na maior floresta tropical do mundo. Embora a iniciativa esteja sendo apresentada pelo Brasil, que tem o maior percentual da floresta, ela já é vista como bem-vinda e necessária pelos demais governos – Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa (governo da França) e Suriname. Os planos indicam que o encontro pode ocorrer ainda no primeiro semestre, e é possível que outros países sejam convidados na condição de observadores. 


COP28: a Cúpula dos fósseis


A próxima Conferência do Clima da ONU, a COP28, deve receber muita crítica sobre “lavagem verde” e falsa propaganda climática. Isso porque o evento, que será realizado em novembro, nos Emirados Árabes Unidos, terá como presidente o CEO de uma empresa petroleira – Sultan bin Ahmed Al Jaber, que lidera a ADNOC (Abu Dhabi National Oil Company). Esta é a primeira vez que uma COP é presidida por um executivo do setor de combustíveis fósseis, que são a principal causa da mudança no clima. 


Dinheiro verde


Na COP27, os países finalmente concordaram em compensar financeiramente os países pobres e mais vulneráveis pelos danos das mudanças climáticas por meio de um Fundo de Perdas e Danos. Agora esse mecanismo precisa sair do papel. As negociações sobre quem terá acesso e quem deve pagar ocorrerão este ano, antes da COP28. Em paralelo, os países discutirão também reformas profundas no Banco Mundial, no FMI (Fundo Monetário Internacional) e nos bancos de desenvolvimento para que o sistema financeiro internacional passe a impulsionar uma nova economia de baixo carbono – uma iniciativa batizada como Bridgetown Agenda

 


Investindo em natureza


Outra tarefa financeira e ambiental de 2023 é a consolidação dos mecanismos para financiar a manutenção da biodiversidade. Esse compromisso foi acordado pelos países em dezembro, durante a Conferência da Diversidade Biológica da ONU, a COP15, realizada em Montreal. O entendimento completo tem 23 metas, sendo que a parte financeira, apelidada de 30x30, estabelece um investimento global de 30 bilhões de dólares por ano até 2030 para conservar ao menos 30% dos ecossistemas terrestres e marinhos. O acordo prevê ainda restaurar outros 30% de áreas degradadas e zerar a perda de territórios biodiversos até o fim da década. 

 

 

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