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El Niño e seus Impactos na Primavera Brasileira

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5 min de leitura

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Imagem: Getty Images

Guilherme Borges

Meteorologista - Especialista em Sustentabilidade no setor de Infraestrutura

 

O fenômeno climático conhecido como El Niño é uma ocorrência que pode trazer impactos significativos para diversas partes do mundo, e o Brasil não está imune a essas influências. Durante a Primavera, estação de transição no Hemisfério Sul que ocorre entre setembro e dezembro, o El Niño pode desencadear mudanças drásticas nos padrões climáticos, afetando diretamente as infraestruturas do país.

 

A Primavera, nesse contexto, é uma estação caracterizada por transformações nos padrões de chuva e temperatura no Brasil. É um período de transição entre as estações seca e chuvosa em algumas regiões, marcado, por exemplo, pela presença da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que pode influenciar o Clima em várias partes do país. No entanto, quando o El Niño está ativo, essa estação assume uma caracterização distinta em relação às chuvas em algumas regiões. Vale ressaltar que, especificamente entre o centro-oeste e sudeste, os impactos do El Niño podem variar, resultando em anos mais chuvosos ou mais secos, o que demanda um acompanhamento próximo e cuidadoso.

 

Segundo as análises climáticas mais recentes, a primavera pode ser bastante influenciada pelo fenômeno El Niño que acaba por manter uma maior frequência e intensidade das precipitações no Sul do Brasil, algo que pode aumentar ainda mais os problemas com enchentes e inundações como as que ocorreram recentemente. Após três anos de La Niña, o El Niño vem para mudar o cenário de secas extremas para muita umidade.

 

Durante a primavera de 2023, a projeção é de chuvas muito acima da média na região Sul, especialmente sobre o Rio Grande do Sul com volumes que podem ultrapassar a casa dos 400 milímetros antes do fim de setembro. Por outro lado, o próprio El Niño gera um maior risco de estiagem no Norte e no Nordeste, algo que está previsto para acontecer nessa primavera com chuvas muito abaixo da média e com episódios de precipitação muito irregulares e espaçados, o que pode ser um grande influenciador para o aumento das queimadas.

 

Diante das influências significativas que o fenômeno El Niño pode exercer sobre o clima durante a Primavera no Brasil, os setores de infraestrutura, como construção, mineração, rodovias, ferrovias, portos e saneamento, precisam adotar medidas estratégicas para minimizar os impactos adversos em suas operações.

 

Isso inclui investir em sistemas de drenagem e locais de obra resistentes a inundações no setor de construção, gerir eficazmente os recursos hídricos na indústria de mineração, monitorar as condições climáticas em tempo real nas rodovias e ferrovias, realizar dragagem regular nos portos e construir infraestruturas de saneamento mais resilientes.

 

A colaboração e o planejamento proativo são essenciais para garantir a continuidade das operações e a resiliência das infraestruturas brasileiras durante a Primavera e eventos climáticos adversos. Nesse sentido, a monitorização constante das condições climáticas se mostra fundamental para a tomada de decisões informadas e a minimização dos impactos causados pelo El Niño, promovendo, assim, uma gestão mais eficiente e sustentável das infraestruturas do país.

 

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