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Desafios climáticos na COP28 e o limite de não retorno

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Fonte: luoman

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A destruição acelerada da natureza está impulsionando o planeta em direção a um ponto sem retorno, alerta um destacado cientista climático, Johan Rockström, diretor do Instituto Potsdam para Pesquisa do Impacto Climático. Mesmo com os esforços para eliminar gradualmente os combustíveis fósseis, ele destaca que a proteção dos sumidouros de carbono naturais, como florestas e zonas úmidas, é crucial para evitar o colapso climático.

 

Sumidouros de carbono: Guardiões do limite de 1,5°C


Durante a Cimeira Cop28 em Dubai, Rockström enfatizou a importância dos sumidouros de carbono para manter o aumento da temperatura abaixo do limite crítico de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Ele alerta sobre a situação crítica na Amazônia, onde a combinação de exploração madeireira, aumento das temperaturas e desflorestação ameaça empurrar a floresta tropical para um ponto de não retorno, transformando-a em savana.

 

"Depois de cruzar esse ponto, você não pode voltar atrás; é isso que temos que compreender: cruzar pontos de inflexão significa pontos sem retorno. E não podemos permitir que isso aconteça", adverte Rockström.

 

Parceria Brasil-Alemanha para monitoramento por satélite


No cenário global, esforços para monitorar as emissões de gases do efeito estufa ganham destaque com uma parceria entre o Brasil e a Alemanha. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Centro Aeroespacial Alemão (DLR) assinaram um memorando visando monitorar as emissões através de satélites, utilizando a plataforma Multimissão desenvolvida pelo Inpe. A iniciativa pretende ampliar o monitoramento para novos satélites e sensores em futuras missões.

 

Amazônia em crise: lideranças indígenas pedem soluções


Enquanto líderes mundiais discutem estratégias na COP28, lideranças indígenas da Amazônia lançam um apelo urgente por soluções. Um relatório apresentado em Dubai revela que em um ano, as chuvas na Amazônia diminuíram em 80%, a temperatura aumentou em 30%, e a região enfrenta desmatamento, queimadas e garimpo.

O estado do Pará é destacado como o mais afetado, perdendo uma área de floresta equivalente ao Espírito Santo desde 2008. As Terras Indígenas mais ameaçadas incluem Apyterewa, Ituna/Itatá e Cachoeira Seca. Vanessa Apurinã, da Coiab, destaca a "desigualdade climática" e a vulnerabilidade dos povos indígenas diante do avanço do garimpo.

 

Disputas na COP28: Eliminação progressiva dos combustíveis fósseis


Na COP28, governos enfrentam desacordos sobre a eliminação ou redução gradual dos combustíveis fósseis. Enquanto mais de 100 países pedem uma eliminação incondicional, alguns países, como a UE, o Reino Unido e os EUA, apoiam uma eliminação progressiva. Grandes produtores de petróleo, como a Arábia Saudita e a Rússia, resistem, enquanto a China indica uma possível forma de compromisso. A pressão sobre os sistemas naturais torna a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis "absolutamente" necessária, diz Razan Al Mubarak, presidente da União Internacional para a Conservação da Natureza.

 

A situação exige ações imediatas para proteger os sumidouros de carbono, promover parcerias internacionais e abordar a desigualdade climática, pois o mundo enfrenta uma encruzilhada crítica em sua batalha contra as mudanças climáticas.

 

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