Ícone de alerta
Alerta anterior Próximo alerta Fechar alerta

Chuva paralisa colheita da soja no Rio Grande do Sul

Compartilhar Compartilhe no Whatsapp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter

4 min de leitura

Oferecido por

As chuvas fortes observadas desde o dia 15/03 em áreas do oeste gaúcho paralisaram os trabalhos de colheita da soja e os tratamentos fitossanitários também foram interrompidos por causa do excesso de umidade no solo.   

 

O temporal que atingiu o Rio Grande do Sul entre a noite de quarta-feira (20/03) e a madrugada de quinta (21/03), deixou um rastro de destruição em 123 municípios, segundo levantamento da Defesa Civil estadual. As rajadas de vento chamaram a atenção no noroeste do estado onde alcançaram 140km/h. A ventania provocou queda de árvores, postes, destelhamento na área rural e urbana e bloqueio nas rodovias.

     

No período entre 9h da manhã do dia 20/03 e 9h do dia 22/03 (48horas), foram acumulados na estação Pindorama, do Cemaden, no município de Jaguarão 108 milímetros de chuva. O maior acumulado deste período nas cidades gaúchas onde há estação. Muitas áreas agrícolas desta região foram afetadas. 

 

Ainda de acordo com dados do órgão, na cidade gaúcha de Santa Maria, estação Presidente João Goulart, o acumulado de chuva no mesmo período foi de aproximadamente 53 milímetros de chuva.   

 

De acordo com a Emater/Ascar-RS, na região da Campanha, as precipitações foram menos intensas, porém ainda significativas, superando 35 mm, o que foi crucial para mitigar os efeitos da estiagem em municípios que estavam há quase 60 dias sem chuvas expressivas. A colheita avançou para 3% da área cultivada. A fase predominante é o enchimento de grãos, atingindo 59%, e a maturação 27%. Os rendimentos iniciais das lavouras precoces variaram de 1.500 kg/ha, em regiões com menor produtividade e chuvas insuficientes.

 

Na região de Campos de Cima da Serra, onde as chuvas foram mais frequentes, o rendimento é de 4.800 kg/ha.

 

Foto: Getty Images

 

Decreto de Emergência

 

Na região de Hulha Negra e Candiota, mesmo com o retorno das chuvas, os extensionistas da Emater/RS-Ascar estão realizando levantamentos para o Decreto de Emergência devido à estiagem, iniciada em meados de janeiro, e cujos efeitos são consideráveis e irreversíveis em parte das lavouras. As perdas devem ultrapassar 80%. É possível que as lavouras tardias, estabelecidas em dezembro e em janeiro, continuem o ciclo e tenham condições para a emissão de novos ramos, folhas e flores, apesar de apresentarem baixa estatura, redução de área foliar no terço inferior e abortamento de vagens.

 

Tendência do Clima para os próximos dias no Rio Grande do Sul

 

Nesta sexta-feira (22/03), a frente fria que avançou pelo estado e provocou toda chuva  já se afasta. Não há expectativa de chuva para o estado. Pode ventar ainda ao longo do dia no oeste e noroeste do estado, com rajadas de 51 a 70 km/h. 

 

Pelo menos até o dia 26/03, o tempo segue firme em todo o Rio Grande do Sul sem chuva. Os produtores irão conseguir retomar os trabalhos de colheita da soja e realizar os tratos culturais necessários nas lavouras.  

 

La Niña é esperado no trimestre: Junho, Julho, Agosto, diz NOAA

 

Podcast Agrotalk: Outono seco favorece moagem da cana

 

Quer saber como se tornar Premium e ter acesso a recursos climáticos exclusivos? Clique aqui e saiba mais!

 

 

Conteúdo em Vídeo

Notícias Recomendadas

+ mais notícias