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Mar em chamas: Consequências das temperaturas extremas

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4 min de leitura

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Por Guilherme Alves Borges

 

À medida que as mudanças climáticas avançam, as temperaturas dos oceanos estão atingindo níveis sem precedentes, com consequências devastadoras que se estendem desde os ecossistemas marinhos até as regiões costeiras habitadas por humanos. Nesta matéria, exploramos os impactos dessas temperaturas recordes e as preocupações crescentes sobre o futuro dos oceanos e das comunidades costeiras.

Figura 1 - Oceano quente. Fonte: GettyImages

Figura 1 - Oceano quente. Fonte: GettyImages

Ondas de calor marítimas: Um fenômeno global


Ao longo de 2023 e início de 2024, testemunhamos temperaturas oceânicas nunca antes vistas. Recordes de temperatura nos oceanos globais foram sendo sucedidos, sinalizando uma rápida degradação das condições dos mares. As ondas de calor marinhas, que cobriram em média 32% dos oceanos, deixam em alerta cientistas e ambientalistas quanto aos seus efeitos a longo prazo.

 

Impacto na vida marinha e na biodiversidade


As ondas de calor marinhas não apenas afetam os corais e outras espécies marinhas, mas também desencadeiam uma cascata de impactos em toda a cadeia alimentar marinha. A perda gradual de habitats e espécies é evidente, com colônias de corais vermelhos desaparecendo e ecossistemas marinhos outrora vibrantes se transformando em necrose e tecido morto.

 

Conexões com eventos atmosféricos extremos


A preocupação com as temperaturas dos oceanos se estende além das águas, influenciando diretamente eventos atmosféricos extremos. O retorno do fenômeno La Niña aumenta a probabilidade de mais furacões no Atlântico Norte, com o Oceano Atlântico apresentando temperaturas muito acima do normal, criando condições propícias para a formação e intensificação de tempestades.

 

Desafios locais: Brasil em foco

 

O Brasil enfrenta diretamente os impactos das temperaturas recordes dos oceanos, com eventos climáticos extremos deixando uma marca indelével em suas comunidades costeiras. A partir do segundo semestre de 2023, fortes ciclones extratropicais assolaram o país, trazendo consigo destruição e caos para os estados do sul e sudeste. As inundações, deslizamentos de terra e ventos devastadores deixaram um rastro de danos significativos, afetando milhares de vidas e causando prejuízos econômicos consideráveis.

 

A formação da tempestade tropical Akará em 2024 adicionou uma nova camada de preocupação, destacando a vulnerabilidade contínua das comunidades costeiras brasileiras aos eventos climáticos extremos. Embora esta tempestade não tenha se transformado em um desastre de grande escala, sua mera existência serve como um lembrete sombrio dos perigos que enfrentamos em um mundo onde as temperaturas oceânicas estão em ascensão.

 

Além dos danos diretos causados ​​pelos ciclones e tempestades, o Brasil enfrenta desafios adicionais devido ao aquecimento dos oceanos. O aumento da incidência de doenças relacionadas à água, a perda de habitat marinho e os impactos na pesca são apenas alguns dos problemas que as comunidades brasileiras estão enfrentando.

 

Em resposta a esses desafios, é crucial que o Brasil intensifique seus esforços para adaptar-se às mudanças climáticas e fortalecer sua resiliência contra os impactos das temperaturas oceânicas em rápida elevação. Isso requer investimentos em infraestrutura resiliente, sistemas de alerta precoce eficazes e políticas de gestão ambiental que protejam os recursos naturais do país enquanto promovem o desenvolvimento sustentável.

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