Na última sexta-feira (25/07), a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) informou que a partir do dia primeiro de agosto a conta de luz vai ficar mais cara.
Vai ser acionada a bandeira tarifária vermelha patamar 2 que cobra do consumidor uma taxa adicional de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.
Esse tipo de cobrança, a mais, ocorre todas as vezes que as usinas termelétricas precisam ser acionadas. Elas funcionam a partir da queima de combustíveis fósseis, e por isso, têm um custo elevado mais elevado de produção.
O uso da energia térmica se faz necessário todas as vezes que temos baixas nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, dessa forma surge como uma necessidade para manter o Sistema Interligado Nacional (SIN) operante, e garantir o abastecimento de energia no país.
Segundo informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) as hidrelétricas compõem aproximadamente 45% do total de energia elétrica gerada no Brasil em 2025, quase 6 vezes a mais do que as termelétricas que são responsáveis por quase 8%.
Então, provavelmente, você deve se perguntar: Por que as termelétricas são necessárias, já que temos tantas hidrelétricas?
Por mais que a energia gerada pelas águas seja abundante no país, esta também é muito dependente do regime de chuva, que não ocorre de forma perene ao longo do ano e também não tem sido frequente ao longo do ano de 2025. Tanto que o Brasil se encontra com cobrança a mais na conta de luz desde maio deste ano, quanto foi acionada a bandeira tarifária amarela. A adoção de bandeiras tarifárias se dá quando o cenário futuro de chuva não indica um quadro de melhoria para o fornecimento de energia elétrica hidrelétrica.
Qual o panorama para agosto?
Infelizmente o mês de agosto não deve amenizar o panorama atual. Segundo os nossos especialistas em previsão climática, o ar seco ainda estará presente em diversos momentos, deixando as temperaturas mais altas na região central do país e favorecendo a evaporação na bacia Centro-Oeste/Sudeste. As temperaturas levemente acima da média podem também aumentar o consumo de energia da população por meio do uso de ar-condicionado e ventiladores, por exemplo.
Por mais que a chuva prevista para o mês, nas áreas de captação das bacias, seja acima da média, o problema é que agosto também é conhecido por ser o mês mais seco do ano em diversas áreas.
No entanto, há sim boas notícias! Há indicativos que o mês de setembro terá um retorno antecipado das chuvas o que deve contribuir para a melhoria dos níveis dos reservatórios. É importante que você acompanhe diariamente a Climatempo para ficar sabendo de todas as atualizações nas previsões!